Governo Trump investiga políticas de diversidade da Disney
Presidente de agência dos EUA diz que investigação tem objetivo de verificar se práticas adotadas pela Disney promovem discriminação

A Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC) abriu uma investigação sobre a Walt Disney e a ABC devido à implementação de políticas de diversidade.
O anúncio foi feito na sexta-feira, 28, pelo presidente da FCC, Brendan Carr, em carta dirigida a Bob Iger, CEO da Disney.
Carr, indicado para a presidência da agência pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a investigação tem o objetivo de verificar se as práticas de diversidade adotadas pela Disney estão promovendo formas de discriminação.
Em publicação no X, Carr afirmou que a Disney tem dado prioridade à Diversidade, Equidade e Inclusão, o chamado DEI, estabelecendo critérios baseados em raça e gênero em suas operações. Ele citou relatos públicos, incluindo documentos de denunciantes.
A FCC já abriu investigações sobre outras grandes redes, como CBS e NBC News. Também tem se envolvido em disputas, como a recente sobre o fechamento da Voice of America e um conflito com a Associated Press sobre a nomeação do Golfo do México.
Carr tem impulsionado uma postura mais ativista na FCC desde sua nomeação, com investigações focadas em práticas de DEI em diversas empresas de comunicação, incluindo a Disney.
Entre as acusações citadas por Carr, estão uma política da ABC – do grupo Disney – que exigia que ao menos 50% dos personagens de pilotos de TV fossem de grupos sub-representados, e uma declaração de 2021 em que um executivo da Disney revelou ter rejeitado pilotos de TV que não atendiam aos padrões de inclusão.
A pressão do governo Trump sobre práticas de DEI não se limita aos Estados Unidos.
O presidente também ordenou que empresas francesas com contratos com o governo dos EUA cumpram sua ordem executiva proibindo programas de DEI. O Ministério do Comércio Externo da França reagiu afirmando que a interferência nas políticas de inclusão das empresas francesas é “inaceitável”.
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Comentários (2)
Marcia Elizabeth Brunetti
30.03.2025 18:07Hoje, domingo, estive na casa de minha mãe (de 87 anos) no horário do almoço até umas 15:30h. Ela deixa a TV ligada na GloboNews (às vezes na Band) e durante todo esse tempo só vi repórteres e apresentadores afrodescendentes. Será um acaso? Todos são muito bons?
Fabio B
30.03.2025 08:32A Disney virou um ótimo exemplo de como DEI é mais marketing do que qualquer outra coisa. Em vez de focar em boas histórias e personagens memoráveis, a empresa prioriza checklists ideológicos, dividindo o público e sacrificando qualidade. Ao impor diversidade forçada, não promove inclusão de verdade, só cria ressentimento e aliena quem quer apenas entretenimento sem panfletagem. Igualdade não se constrói com privilégios seletivos, mas com talento e oportunidades justas para todos.