Gleisi em alerta
Mesmo após a derrota acachapante da esquerda nas eleições municipais, presidente nacional do PT prefere sustentar o discurso contra "extrema direita" após vitória de Trump
Mesmo após a derrota acachapante da esquerda nas eleições municipais deste ano, a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR, foto), preferiu sustentar o discurso contra o perigo da “extrema direita” após a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos.
“A eleição de Trump é um sinal de alerta para o campo democrático no mundo todo”, disse a petista em postagem no X.
“A polarização se mantém como uma realidade e temos de nos preparar para enfrentá-la também aqui no Brasil, onde a extrema direita já se assanha com o resultado”, seguiu a presidente do partido, sobre quem os aliados depositaram boa parte da culpa pelas derrotas do PT nas urnas neste ano.
“Campo da democracia“
“Temos de fortalecer o campo da democracia em nosso país, mas principalmente dar respostas concretas às necessidade e expectativas do povo, que não cabem na receita neoliberal que o mercado quer impor ao governo e ao país”, finalizou a líder partidária.
O discurso de Gleisi não convenceu a maioria dos brasileiros na eleição municipal, da qual o PT saiu apenas como o nono partido com mais prefeituras, apesar de ter a máquina federal nas mãos.
Ao remoer a ladainha da “extrema direita”, a presidente do PT reverbera uma conversa desgastada alimentada por Lula a apenas cinco dias da vitória de Trump.
Discurso de ocasião
Questionado pela imprensa francesa sobre a disputa presidencial nos Estados Unidos, o petista disse que é “amante da democracia” e que “Kamala ganhando as eleições, é muito mais seguro para fortalecer a democracia nos Estados Unidos”.
O discurso contrasta com o posicionamento leniente do governo Lula com a ditadura de Nicolás Maduro, que enterrou as atas eleitorais nesta semana, e mais ainda com a torcida aberta do PT pelo regime.
É sempre bom lembrar que o PT chamou de “democrática” a farsa eleitoral de Maduro e reconheceu a “vitória” do ditador em julho. Além disso, o partido assinou em outubro resolução do Foro de São Paulo que reconheceu a “vitória” de Maduro.
Esse, sim, são muitos sinais de alerta para o campo democrático no mundo todo.
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