Gesto discreto de William facilitou encontro entre Trump e Zelensky no Vaticano
O gesto do príncipe William é visto como mais um sinal de seu crescente papel diplomático

O funeral do Papa Francisco, realizado no sábado, 26, no Vaticano, serviu de palco para um raro encontro diplomático entre Donald Trump, Volodymyr Zelensky, Keir Starmer e Emmanuel Macron.
A aproximação entre os líderes contou com a participação do príncipe William, que representou o rei Charles III na cerimônia.
William desempenhou um papel discreto, mas decisivo: ao perceber uma roda de conversa entre Donald Trump, Volodymyr Zelensky, Keir Starmer e Emmanuel Macron, o herdeiro britânico se afastou de forma estratégica, permitindo que os líderes políticos continuassem as tratativas sem a presença simbólica da realeza.
A movimentação abriu caminho para uma reunião privada entre Trump e Zelensky, considerada um marco nas negociações sobre o fim da guerra na Ucrânia.
Após o encontro, Trump e Zelensky foram fotografados conversando sentados no interior da Basílica. Segundo Steven Cheung, diretor de comunicação da Casa Branca, a conversa foi descrita como “muito produtiva”.
Em sua rede social, Zelensky classificou o diálogo como uma “boa reunião”, afirmando que ambos discutiram “um cessar-fogo completo e incondicional” e um “acordo de paz confiável e duradouro”.
O presidente ucraniano disse ainda que o encontro poderia se tornar “histórico”, dependendo dos resultados futuros.
Apesar das especulações, uma nova reunião entre Trump e Zelensky foi descartada, já que o ex-presidente dos EUA deixou Roma no mesmo dia, retornando aos Estados Unidos a bordo do Air Force One.
Antes de embarcar, Trump afirmou a jornalistas em Nova Jersey acreditar que Zelensky estaria disposto a ceder a Crimeia para alcançar um acordo de paz com a Rússia — declaração rapidamente rebatida pelo líder ucraniano, que reafirmou que “apenas o povo ucraniano pode decidir sobre seus territórios”.
A morte de Francisco, aos 88 anos, levou ao Vaticano diversos chefes de Estado. Durante o velório e funeral, o caixão do pontífice foi carregado em meio a grandes multidões que foram prestar homenagens. A presença de figuras como Trump, Macron e Starmer, além de William, deu caráter político inesperado à cerimônia religiosa.
O gesto do príncipe William é visto como mais um sinal de seu crescente papel diplomático. Sua ida ao funeral seguiu a tradição iniciada por Charles, que representou a Rainha Elizabeth II no funeral de João Paulo II em 2005.
A reunião entre Trump e Zelensky é considerada por observadores como um dos acontecimentos mais relevantes da cerimônia fúnebre de Francisco, sendo descrita por um professor de teologia entrevistado pela Sky News como “milagre” do Papa.
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Comentários (1)
Alexandre Ataliba Do Couto Resende
28.04.2025 09:37Que exageros. Muita ansiedade nessa matéria, com muitos querendo aparecer, pegar carona com a desgraça alheia.