Gesto de Elon Musk não foi nazista, reconhece a Liga Antidifamação
Liga Antidifamação minimiza polêmica sobre gesto controverso, afastando acusações de apologia ao nazismo

A Liga Antidifamação (ADL, na sigla em inglês) declarou que o gesto realizado por Elon Musk em um evento público não pode ser classificado como uma saudação nazista.
A entidade reconheceu que, apesar da sensibilidade atual e da tensão política amplificada pelas redes sociais, a interpretação foi equivocada. “Parece ter sido uma atitude desajeitada em um momento de entusiasmo, e não uma saudação nazista”, afirmou a ADL, reforçando a necessidade de ponderação diante de julgamentos precipitados.
O gesto, que rapidamente viralizou nas redes sociais e gerou críticas de grupos ativistas, foi interpretado como ofensivo por alguns usuários. Contudo, a ADL, uma das mais influentes organizações no combate ao antissemitismo, defendeu uma análise mais criteriosa. Em nota, a entidade destacou que “vivemos tempos delicados, em que as redes sociais amplificam ansiedades” e pediu mais calma e empatia de todas as partes.
Histórico de embates e acusações mútuas
A postura conciliadora da ADL contrasta com os recentes confrontos entre a organização e Elon Musk. Em 2023, o bilionário enfrentou críticas severas da entidade por sua política de moderação mais flexível no X (antigo Twitter), que, segundo a ADL, teria facilitado a disseminação de discursos de ódio. Musk, por sua vez, acusou a organização de pressionar anunciantes a boicotar sua plataforma e ameaçou processá-la por difamação.
A Liga Antidifamação, fundada em 1913, é amplamente reconhecida por sua atuação no combate ao racismo e ao antissemitismo. Sob a liderança de Jonathan Greenblatt, a organização tem adotado posturas alinhadas a valores progressistas, o que gerou críticas de conservadores. Esses detratores alegam que a ADL prioriza ataques de grupos de direita enquanto ignora manifestações antissemitas à esquerda.
No entanto, a entidade defende que sua atuação vai além de divisões partidárias, combatendo o ódio em todas as suas formas. A recente polêmica com Musk, marcada pela hashtag “#BanTheADL” promovida na plataforma X, reacendeu debates sobre os limites da liberdade de expressão e a responsabilidade de organizações na regulação de conteúdo online.
O episódio reforça a necessidade de análises cuidadosas antes de atribuir intenções a atos públicos, especialmente em um ambiente de constante vigilância e alta exposição. Ao reconhecer o erro de interpretação de muitos formadores de opinião e influenciadores, a Liga Antidifamação reforça sua missão de combater o ódio sem abrir espaço para narrativas precipitadas ou divisivas.
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Comentários (1)
LuÃs Silviano Marka
21.01.2025 13:33Tem foto da Kamala e da Hillary Clinton fazendo exatamente o mesmo gesto e na época ninguém disse uma palavra sequer. Hipócritas.