George Santos deixa prisão após perdão de Trump
Ao justificar soltura, presidente dos EUA comparou o caso do ex-deputado republicano com o de outros políticos
O ex-deputado republicano George Santos (foto), filho de brasileiros, foi libertado na madrugada deste sábado, 18, após receber um perdão presidencial de Donald Trump.
A soltura ocorreu poucas horas depois do anúncio oficial e foi confirmada pelo advogado do político, Joseph Murray, à agência Associated Press (AP).
Santos deixou a Instituição Correcional Federal de Fairton, em Nova Jersey, por volta da meia-noite no horário de Brasília, e foi recebido por familiares na saída da prisão.
Condenado a sete anos de prisão por fraude eletrônica e roubo de identidade qualificado, Santos havia começado a cumprir a pena em julho.
A justificativa de Trump
Em nota publicada em sua rede social Truth Social, Trump disse ter decidido pela libertação imediata do aliado.
“George está em confinamento solitário há longos períodos e, segundo todos os relatos, tem sido terrivelmente maltratado. Por isso, acabei de assinar uma Comutação, libertando George Santos da prisão, IMEDIATAMENTE. Boa sorte, George”, escreveu o presidente.
Trump também defendeu a decisão comparando o caso de Santos com o de outros políticos.
“George Santos era um tanto ‘desonesto’, mas há muitos desonestos em todo o país que não são obrigados a cumprir sete anos de prisão”, afirmou.
Ele citou o senador democrata Richard Blumenthal, que admitiu ter exagerado sobre sua atuação durante a guerra do Vietnã.
Na mesma publicação, o presidente elogiou a lealdade de Santos ao Partido Republicano.
“Isso é muito pior do que o que George Santos fez, e pelo menos Santos teve a coragem, a convicção e a inteligência para SEMPRE VOTAR NOS REPUBLICANOS!”, escreveu Trump.
Expulsão da Câmara
Santos foi expulso da Casa dos Representantes em dezembro de 2023, após menos de um ano de mandato. Ele foi o primeiro congressista expulso em mais de 20 anos.
Filho de brasileiros, ele ficou conhecido por inventar partes da sua biografia, como a formação e o histórico profissional, e acabou condenado por fraude e roubo de identidade.
Durante sua campanha de 2022, ele fez diversas alegações falsas sobre sua trajetória pessoal, acadêmica e profissional.
Declarou ter estudado na Universidade de Nova York, além de ter trabalhado nos bancos Goldman Sachs e Citigroup — fatos que foram desmentidos posteriormente.
Também afirmou que seus avós haviam fugido do nazismo na Segunda Guerra Mundial, o que não se confirmou.
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Comentários (1)
Fabio B
18.10.2025 08:11Agora ele pode gravar vídeo com o Bananinha.