“Gaza não voltará a representar ameaça a Israel”, diz chefe do Estado-Maior
Tenente-general Eyal Zamir afirma que forças israelenses permanecerão em alerta para impedir ressurgimento do Hamas
O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (FDI), tenente-general Eyal Zamir (foto), afirmou neste domingo, 12, que o Exército garantirá que a Faixa de Gaza “não volte a representar uma ameaça ao Estado de Israel”.
Em discurso, Zamir disse que “a pressão militar que exercemos nos últimos dois anos, juntamente com a medida política complementar, constitui uma vitória sobre o Hamas”.
Ele afirmou ainda que as forças israelenses permanecerão em alerta para impedir o ressurgimento do grupo terrorista.
“As ações das Forças de Defesa de Israel falarão por si mesmas”, disse.
O militar acrescentou que o foco atual está no retorno dos reféns israelenses, na retirada parcial das tropas e em evitar que os erros de segurança de 7 de outubro de 2023 se repitam.
Mais cedo, o ministro da Defesa, Israel Katz, divulgou um comunicado em que defendeu que o desarmamento do Hamas ocorrerá por meio de um processo ainda indefinido, conduzido por Israel ou por uma força internacional.
Segundo ele, o avanço seria medido pela eliminação dos túneis utilizados pelo grupo em Gaza.
Katz não esclareceu se a destruição desses túneis seria suficiente para desarmar o Hamas. Fontes militares citadas pela imprensa israelense afirmaram que os objetivos de eliminar as passagens subterrâneas e de neutralizar completamente o grupo não seriam excludentes, mas não detalharam como seriam alcançados.
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Detalhes do acordo
O governo de Israel aprovou, na última quinta-feira (9), o acordo para a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos. O pacto se sustenta em três princípios fundamentais: a libertação dos reféns, a formação de um governo livre do Hamas e o desmantelamento completo do arsenal do grupo terrorista.
Como parte da primeira fase do acordo, as tropas das Forças de Defesa de Israel deverão se reposicionar até uma linha territorial previamente estabelecida.
A libertação dos 48 reféns – dos quais 20 estão vivos – em troca de cerca de dois mil prisioneiros palestinos é um dos três pilares da primeira fase do acordo de paz mediado pelos Estados Unidos.
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