França proíbe bandeira da Palestina em jogo com Israel
Decisão foi anunciada dias depois da onda de ataques violentos contra judeus em Amsterdã, na Holanda
As autoridades francesas proibiram o porte de bandeiras palestinas no jogo entre a França e Israel na Liga das Nações da UEFA (Nations League), na próxima quinta-feira.
O anúncio foi feito neste domingo pelo chefe da polícia de Paris, Laurent Nuñez, que afirmou à emissora francesa BFMTV: “Haverá apenas bandeiras francesas e israelenses e mensagens de apoio às equipes”.
A decisão foi anunciada dias depois da onda de ataques violentos contra judeus em Amsterdã, na Holanda.
Na noite de 7 de novembro, após a partida entre Maccabi Tel Aviv e Ajax pela Liga Europa, o centro de Amsterdã foi palco de violentos confrontos envolvendo torcedores israelenses.
O incidente ocorreu dois dias antes do 86º aniversário da Noite dos Cristais (Kristallnacht), um dos maiores pogroms contra o povo judeu na história.
Grupos antissemitas aguardavam estrategicamente nos arredores do estádio e em pontos-chave da cidade, munidos de armas brancas. Os torcedores israelenses foram emboscados em ruas estreitas, sem possibilidade de fuga, e submetidos a agressões físicas.
Relatos indicam que alguns agressores portavam facas e barras de metal, usadas para intimidar e ferir as vítimas. Há registros de israelenses sendo perseguidos por várias quadras, enquanto os agressores gritavam insultos antissemitas.
Reforço policial
Nuñez também informou neste domingo, 10, que foram mobilizados 4 mil agentes de segurança para o jogo da próxima quinta-feira entre França e Israel.
Segundo Nuñez, o número “corresponde a um dispositivo reforçado” e “pouco habitual” para uma partida internacional, mas classificou o jogo como de “alto risco” em razão da onda de ataques violentos contra judeus em Amsterdã.
“Não toleraremos quaisquer excessos e perturbações da ordem pública”, afirmou o chefe da polícia parisiense.
O objetivo, segundo Nuñez, é reforçar a segurança dentro e ao redor do estádio onde será realizada a partida, além dos transportes públicos da cidade. A ação policial também contará com uma unidade de elite junto da seleção israelense.
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