Ex-presidente colombiano defende intervenção internacional na Venezuela
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Ex-presidente colombiano defende intervenção internacional na Venezuela

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3 minutos de leitura 11.01.2025 17:29 comentários
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Ex-presidente colombiano defende intervenção internacional na Venezuela

Em discurso neste sábado, Álvaro Uribe elogiou líderes da oposição venezuelana, como Edmundo González e María Corina Machado

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Ex-presidente colombiano defende intervenção internacional na Venezuela
Fonte: Reprodução/Instagram

O ex-presidente colombiano Álvaro Uribe Vélez (foto), crítico ferrenho do governo de Gustavo Petro, pediu neste sábado, 11, uma “intervenção militar internacional” na Venezuela para “remover” a ditadura de Nicolás Maduro, recém-empossado para um terceiro mandato após fraude eleitoral. 

A declaração foi feita durante um evento em Cúcuta, cidade colombiana na fronteira com a Venezuela.

“Defendemos uma intervenção internacional, preferencialmente com o apoio das Nações Unidas, para expulsar esses tiranos do poder e convocar eleições livres imediatamente”, afirmou Uribe em discurso que durou mais de uma hora. 

O evento, chamado de “Manifestação pela liberdade da Colômbia e da Venezuela”, contou com a presença de líderes do partido de direita Centro Democrático, fundado por Uribe, e de cinco pré-candidatos presidenciais da sigla.

Uribe, que popularizou o termo “Castro-Chavismo” em suas campanhas eleitorais, usou o discurso para criticar o governo de Maduro, elogiar líderes da oposição venezuelana, como Edmundo González e María Corina Machado, e alertar sobre os riscos do comunismo. 

O ex-presidente também mencionou as eleições presidenciais colombianas de 2026, sugerindo que a Colômbia corre risco de ser “contaminada” pelo regime chavista.

Crise migratória

A crise na Venezuela já levou quase oito milhões de pessoas a deixarem o país. Só na Colômbia, principal destino da diáspora venezuelana, vivem quase três milhões de refugiados, incluindo políticos exilados, jornalistas e defensores de direitos humanos que fugiram da repressão.

Na sexta-feira, 10, em meio a protestos internacionais contra sua posse, Maduro ordenou o fechamento da fronteira com a Colômbia por 72 horas para “garantir a segurança” do evento em Caracas.

Edmundo González, líder opositor exilado na Colômbia, prometeu “fazer valer os votos que representam a recuperação da democracia venezuelana”, embora seus próximos passos permaneçam incertos.

Nem Petro foi à posse de Maduro

O atual presidente da Colômbia, o esquerdista Gustavo Petro, não foi à posse do ditador Nicolás Maduro.

No X, o chefe do governo colombiano destacou que a ausência ocorre em função da prisão de Carlos Correa, classificado por Petro como um “proeminente progressista venezuelano”:

“Tal como o nosso amigo Enrique Márquez, um proeminente progressista venezuelano, Carlos Correa, um proeminente defensor dos direitos humanos na Venezuela, foi preso. Este e outros fatos impedem a minha presença pessoal na cerimónia de posse de Nicolás Maduro”, afirmou o colombiano.

Segundo Petro, não houve transparência na eleição de 28 de julho, que foi vencida pelo presidente eleito Edmundo González:

As últimas eleições na Venezuela não foram livres. Não podemos reconhecer eleições que não tenham sido livres e esperamos que estas possam realizar-se em breve, sem bloqueios ou intimidações internas.“, disse.

O presidente, porém, descartou o rompimento das relações diplomáticas entre os países:

“Qualquer desacordo entre governos não deve ser entre os nossos povos. A Colômbia não romperá relações diplomáticas com a Venezuela, nem intervirá nos assuntos internos desse país, sem convite.”

No comunicado, Petro não reconheceu oficialmente a vitória de Edmundo González.

Leia mais: “Maduro envia convite ao Brasil para sua posse

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Comentários (1)

ALDO FERREIRA DE MORAES ARAUJO

12.01.2025 17:56

Este ex-presidente colombiano está soltando uma bravata (político, né?). Ele sabe que a Rússia e a China vetariam tal intervenção militar vinda da ONU. E mesmo vinda da OEA seria muito difícil de aplicar por conta de muitas interferências daqueles governos que apoiam o ditador Nicolás Maduro.


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