Ex-assessor pede renúncia de Biden para Kamala assumir a presidência
Jamal Simmons sugeriu que Biden abdique do cargo antes de 20 de janeiro, apesar da rejeição do eleitorado a Kamala
Jamal Simmons, ex-diretor de comunicações da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, fez uma proposta polêmica durante uma entrevista ao programa “State of the Union”, da CNN, neste domingo., 10. Simmons sugeriu que o presidente Joe Biden renuncie ao cargo nos próximos 30 dias, permitindo que Kamala Harris, rejeitada pelos eleitores na eleição presidencial de 2024, assuma a presidência por um breve período até a posse de Donald Trump, marcada para 20 de janeiro de 2025.
Para Simmons, Biden “cumpriu promessas importantes” e poderia encerrar seu mandato como uma “figura de transição”, um papel que ele assumiu ao longo dos últimos anos. Simmons defende que a renúncia final de Biden atenderia a essa promessa, dando à sua vice-presidente a oportunidade de se tornar a primeira mulher presidente dos EUA, mesmo que de forma simbólica e temporária. A proposta surge logo após Kamala Harris ter sido derrotada por Trump nas urnas, fato que evidencia a rejeição do eleitorado à sua candidatura.
Simmons argumenta que essa decisão não apenas “dominaria as manchetes”, mas também pouparia Kamala Harris de enfrentar o que ele chama de “constrangimento de supervisionar a certificação de sua própria derrota” em 6 de janeiro, data em que o Congresso ratificará o resultado eleitoral. Ele acredita que a renúncia de Biden e a breve presidência de Harris poderiam “transformar a forma como os democratas se relacionam com o público”, exibindo transparência e dramatismo, o que, segundo ele, é o que “o público quer ver”.
Além disso, o ex-assessor ventilou a possibilidade dela ser nomeada para a Suprema Corte dos Estados Unidos, embora tenha afirmado que isso dependeria das ações de Biden, sem garantir que tal nomeação se concretizaria.
A sugestão de Simmons provocou reações: críticos e comentaristas conservadores ridicularizaram a proposta nas redes sociais. Eles argumentam que a iniciativa ignora a vontade dos eleitores, que já rejeitaram a ex-candidata nas urnas. Para analistas, a proposta inusitada ilustra as divisões e dilemas no Partido Democrata, que busca um reposicionamento após a derrota eleitoral.
Não há indicação de que Biden ou Kamala Harris considerem seriamente essa possibilidade. A sugestão, contudo, revela o nível de pressão dentro do partido e o desafio de conciliar as expectativas de seus apoiadores com a rejeição expressa pelos eleitores na eleição.
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