O Tribunal Eleitoral da Bolívia reconheceu o nome de Grover Garcia, amigo do presidente Luis Arce, como novo chefe do partido MAS, no lugar do ex-presidente Evo Morales, em meio à crise política que atravessa o país.

A milícia de Morales promove uma série de manifestações em defesa do cocalero, que enfrenta acusações de estupro de uma menor de idade durante o seu mandato, nos anos de 2006 a 2019.

O ex-presidente da Bolívia Carlos Mesa declarou que Morales “não tem direito constitucional de ser candidato:

“Ele precisa entender que o tempo dele acabou e que, além disso, precisa responder as acusações que não são de natureza política. Elas são mais graves, de natureza moral, e que ainda em que ser julgado. Ele tem que aceitar a acusação e enfrentá-la com coragem, se ainda tiver“, afirmou o ex-presidente.

Mesa insistiu que Morales deveria “voltar para casa” e responsabilizou o partido MAS pelos protestos em todo o país.

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Protestos contra Arce

A milícia de Morales garante apoio ao ex-presidente na disputa contra Arce.

No último dia 15 de outubro, os apoiadores bloquearam diversas estradas ao redor de Cochabamba como forma de impedir uma prisão do ex-presidente.

Ele é investigado por suposto crime de abuso de uma menor de idade durante o seu mandato, nos anos de 2006 a 2019.

Os cocaleros pede para que o governo declare os processos contra Morales como “sem efeito” e que a candidatura do ex-presidente seja ratificada para as eleições do próximo ano.

Em novembro, os cocaleros ocuparam um quartel e fizeram militares de reféns na região do Chapare, em Cochabamba. Eles portavam pedaços de madeira com pontas afiadas ameaçando os oficiais.

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