O governo americano suspendeu US$ 175 milhões em financiamento para a Universidade da Pensilvânia (UPenn) devido à inclusão de atletas transgêneros em competições femininas, segundo informações da FOX Business.

A decisão ocorre no contexto de uma investigação sobre possíveis violações do Título IX, lei que proíbe discriminação com base no sexo em instituições educacionais que recebem verbas federais.

A UPenn, que no ano passado reportou um total de US$ 1 bilhão em financiamento federal, agora corre o risco de perder integralmente esses recursos.

O corte parcial não é um reflexo direto da investigação, mas foi determinado em meio ao endurecimento de políticas relacionadas à participação de atletas transgêneros em esportes femininos.

Além da UPenn, outras duas instituições estão sob escrutínio do Departamento de Educação dos EUA: a Universidade Estadual de San Jose e a Associação Atlética Interescolar de Massachusetts, ambas acusadas de permitir a participação de atletas transgêneros em equipes femininas.

A polêmica sobre o tema ganhou força em 2022, quando a nadadora transgênero Lia Thomas competiu pela equipe feminina da UPenn, conquistando um título nacional e empatando em outra prova com Riley Gaines, ex-atleta da Universidade de Kentucky.

O caso de Lia Thomas acendeu debates sobre a equidade nos esportes femininos, levando a mudanças na regulamentação em diversos estados.

A decisão da administração federal faz parte de um esforço mais amplo para reavaliar o impacto da inclusão de atletas transgêneros em esportes femininos.

A suspensão do financiamento à UPenn ocorre dias depois de um congelamento semelhante imposto ao sistema universitário do Maine, que foi posteriormente revertido.

A universidade ainda não se pronunciou oficialmente sobre os cortes, mas já vinha se preparando para enfrentar possíveis sanções federais.