O governo de Donald Trump reduziu em 99,9% o número de detenções de imigrantes ilegais na fronteira dos Estados Unidos nos primeiros cem dias de mandato. Os dados foram confirmados pelo departamento de alfândegas e proteção de fronteiras (CBP).

Entre 21 e 31 de janeiro, o número de prisões na fronteira sul caiu 85% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em março, o vice-presidente JD Vance afirmou que a redução já atingia 98%. As quedas foram atribuídas à retomada da construção do muro, à reinstauração da política “Permanecer no México” e à mobilização de cerca de nove mil soldados para reforçar o patrulhamento.

O governo também suspendeu o Programa de Admissão de Refugiados e interrompeu voos que transportavam imigrantes de países como Venezuela, Cuba e Haiti, utilizados anteriormente para facilitar a entrada de migrantes por meio do sistema CBP One, agora renomeado CBP Home, voltado para organizar a saída voluntária de estrangeiros.

Além das ações na fronteira, uma campanha internacional foi lançada para desencorajar a imigração ilegal, com mensagens transmitidas em rádio, televisão e redes sociais. A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, advertiu: “Se você vier ilegalmente, será localizado e deportado.”

As novas diretrizes impactaram diretamente países de trânsito de migrantes. Na Colômbia, o fluxo pelo Darién Gap caiu 61% no primeiro mês após a posse, segundo autoridades locais, que atribuíram a redução às mudanças na política migratória dos Estados Unidos.

Sob o governo anterior, liderado por Joe Biden, mais de 11 milhões de imigrantes ilegais foram presos em território americano, sendo cerca de 9 milhões na fronteira sul. Estimativas apontam para uma população atual de 18,6 milhões de estrangeiros em situação irregular no país.

As ações também geraram críticas após a deportação de mães ilegais acompanhadas de filhos cidadãos americanos.

O governo Trump sustentou que as crianças não foram deportadas e que a decisão de deixarem o país com os pais foi tomada pelas próprias famílias, ressaltando que, como cidadãos, esses menores mantêm o direito de reentrar nos Estados Unidos a qualquer momento.

Levantamentos recentes mostram que a maioria da população apoia deportações de imigrantes ilegais, incluindo aqueles envolvidos em crimes, o que reforça o respaldo político às novas medidas.