O presidente americano, Donald Trump, afirmou neste sábado, 21, que os Estados Unidos concluíram um “ataque bem-sucedido” contra as instalações nucleares de Natanz, Fordow e Esfahan, no Irã.

Segundo o republicano, “uma carga completa de bombas foi lançada na instalação de Fordow”. Trump parabenizou os “grandes guerreiros americanos” pela operação.

“Concluímos nosso ataque muito bem-sucedido às três instalações nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan. Todos os aviões estão agora fora do espaço aéreo iraniano. Uma carga completa de BOMBAS foi lançada na instalação principal, Fordow. Todos os aviões estão em segurança a caminho de casa. Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. AGORA É A HORA DA PAZ! Agradecemos sua atenção a este assunto”, publicou na sua rede social Truth Social.

Na sexta, 20, Trump havia afirmado que as Forças de Defesa de Israel (FDI) não teriam capacidade suficiente para penetrar a estrutura subterrânea de Fordow.

“Eles realmente têm uma capacidade muito limitada. Eles poderiam romper uma pequena seção, mas não podem ir muito fundo. Eles não têm essa capacidade”, disse a repórteres.

Nessa instalação, urânio é enriquecido aos graus mais altos, de 60%.

Os ataques israelenses causaram danos significativos nas bases de Natanz e Esfahan. A profundidade de Fordow, contudo, gerava dificuldade para os ataques israelenses.

Fordow 

A instalação de Fordow é a mais bem protegida de todas, pois fica a uma profundidade de cerca de 80 metros, sob as montanhas nas proximidades da cidade sagrada de Qom.

Essa profundidade exige o uso de armas penetrantes “bunker busters”, com potencial de causar danos significativos.

Os armamentos disponíveis para Israel possivelmente não atingiriam alvos tão profundos.

No entanto, os EUA possuem a bomba GBU-57 MOP (Massive Ordnance Penetrator), de 13 toneladas, destruiria a instalação.

A existência de Fordow só se tornou pública em 2009.

É lá onde o urânio é enriquecido aos graus mais altos, de 60%.

Desde então, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) monitora as atividades.

Nos últimos anos, o regime de iraniano começou a limitar o acesso da agência vinculada à ONU.