O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (foto), reafirmou o apoio do governo americano a Israel após o país judeu ser alvo de um ataque a mísseis do Irã na tarde desta terça-feira, 1º de outubro.

“Estados Unidos apoiam totalmente Israel”, disse Biden a jornalistas.

Mais cedo, o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos Jake Sullivan afirmou que haverá “consequências severas” ao Irã pelo ataque a mísseis a Israel desta terça-feira, 1º de outubro.

“O que posso dizer a vocês é que estamos orgulhosos das ações que temos tomado ao lado de Israel para proteger e defender Israel. Temos deixado claro que haverá consequências severas por esse ataque. E trabalharemos com Israel para que esse seja o caso”, disse Sullivan em coletiva de imprensa da Casa Branca.

Sobre a reação americana ao ataque, o conselheiro afirmou que Washington segue em reuniões com as autoridades israelenses para traçar uma estratégia conjunta. Ele também elogiou a participação americana na contenção ao ataque iraniano desta terça.

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“Tivemos algumas discussões com os israelenses sobre as consequências disso, no nível militar e também no nível da Casa Branca e do gabinete do primeiro-ministro [de Israel]. Continuaremos essas conversas nas próximas horas. Não vou prejulgar ou me antecipar a nada. Queremos ter algumas consultas profundas com os israelenses e terei mais para relatar a vocês depois que tivermos a oportunidade de discussões mais profundas”, afirmou Sullivan.

“Obviamente, esta é uma escalada significativa por parte do Irã, um acontecimento significativo. e é igualmente significativo que tenhamos conseguido avançar com Israel e criar uma situação em que, até onde sabemos, ninguém foi morto desta vez”, acrescentou.

Sullivan ainda descreveu a ofensiva iraniana como “derrotada” e “ineficiente”: “No momento, não sabemos de nenhuma morte em Israel. Não sabemos de nenhum dano a aeronaves ou ativos militares estratégicos… Este ataque parece ter sido derrotado e ineficaz”.

O conselheiro repetiu ao longo de sua fala que novas informações podem alterar a percepção do ataque devido à “nevoa da guerra”, conceito usado para descrever a dificuldade de apurar informação em zonas em conflito.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos estima que Teerã lançou 200 mísseis contra o território israelense.

Israel também fala em “consequências”

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, também falou em “consequências” ao regime iraniano.

“O Irã realizou um ato sério esta noite e está a empurrar o Médio Oriente para uma escalada. Atuaremos no local e horário que escolhermos, de acordo com a orientação do escalão político”, disse Hagari.

“O evento desta noite terá consequências”, acrescentou.

Hagari também anunciou que as FDI avaliaram que o ataque iraniano desta terça se encerrou.

Durante a ofensiva, mísseis iranianos foram avistados sobrevoando a Cidade Velha de Jerusalém, um local de peregrinação para muçulmanos, cristãos e judeus.

Israelenses foram orientados a deixar os abrigos. O espaço aéreo israelense foi reaberto.

Um palestino morreu ao ser atingido por estilhaços na Cisjordânia. Dois israelenses ficaram feridos em Tel Aviv.

“Durante a defesa, nós realizamos várias interceptações. Ocorreram alguns impactos no centro e em áreas ao sul do país“, afirmou Hagari.

O Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca afirmou que o presidente americano Joe Biden ordenou os militares americanos a ajudarem na derrubada de mísseis iranianos lançados contra Israel.

Segundo ataque do Irã a Israel no ano

Este foi o segundo ataque direto do Irã contra Israel neste ano.

Em abril, após o bombardeio de um prédio ao lado de um consulado do Irã em Damasco, na Síria, o Irã lançou mais de trezentos mísseis de cruzeiro, mísseis balísticos e drones contra Israel.

Quase todos foram interceptados no ar, com ajuda de caças da Jordânia e de aviões e navios dos Estados Unidos.

França e Reino Unido também ajudaram na defesa de Israel.

Segundo os militares israelenses, a taxa de sucesso na interceptação foi de 99%.

Israel também fez uso dos seus sistemas de proteção antiaérea Domo de Ferro (Iron Dome) e Estilingue de Davi (David’s Sling).

O Domo de Ferro costuma ser usado para interceptar foguetes de menor porte e disparados da Faixa de Gaza. Em geral, o tempo de voo desses foguetes é de alguns minutos.

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