EUA ajudaram Ucrânia a atacar refinarias russas
Governo Trump intensificou apoio aos ucranianos para pressionar Putin, segundo reportagem do Financial Times
Os Estados Unidos ajudaram a Ucrânia a atacar instalações de energia russas em uma estratégia para enfraquecer a economia do ditador Vladimir Putin e pressioná-lo a negociar, segundo autoridades ucranianas e americanas ouvidas pelo jornal britânico Financial Times (FT).
De acordo com a reportagem, publicada neste domingo, 12, o apoio incluiu compartilhamento de inteligência que permitiu atingir refinarias de petróleo distantes da linha de frente.
A assistência, até então não divulgada, se intensificou desde o meio do verão no hemisfério norte. Esses ataques elevaram os preços de energia na Rússia e levaram Moscou a reduzir exportações de diesel, além de aumentar a importação de combustível.
A inteligência americana orienta a Ucrânia sobre rotas, altitudes e horários para que os drones de longo alcance consigam escapar da defesa aérea russa. Três fontes próximas à operação disseram ao FT que Washington participou de todo o planejamento.
Um oficial americano disse que a Ucrânia escolhe os alvos, enquanto os EUA fornecem informações sobre vulnerabilidades dos russos.
O aumento do apoio do governo Trump contrasta com os primeiros meses de seu segundo mandato, quando a inteligência e a ajuda militar à Ucrânia foram temporariamente suspensas para pressionar Kiev a negociar com Moscou.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a Ucrânia trabalha com a inteligência dos EUA principalmente “para nos defender”, e citou os sistemas de defesa aérea fornecidos por parceiros ocidentais, como Patriot, Nasams e Iris-T.
A maioria das operações é conduzida pelo Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) e pela força de sistemas não tripulados das Forças Armadas ucranianas, com participação de outras unidades militares e de inteligência.
Na semana passada, a unidade Alpha da SBU atingiu a refinaria russa Bashneft-UNPZ, em Ufa, a cerca de 1.400 km da Ucrânia, uma das maiores do país e que abastece as forças de Putin. Esse foi o terceiro ataque a instalações energéticas na região de Bashkortostan em um mês.
A frequência dos ataques a refinarias, oleodutos e instalações de gás natural russas aumentou drasticamente em agosto e setembro. Pelo menos 16 das 38 refinarias russas foram atingidas, algumas mais de uma vez.
Esses ataques forçaram Moscou a reduzir exportações de diesel e aumentar a dependência de combustível importado.
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Comentários (4)
ALDO FERREIRA DE MORAES ARAUJO
12.10.2025 17:02Parece que Trump aprendeu que com Vladimir Putin não se negocia, ou o derrota ou é derrotado por ele e se submete.
Jorge Irineu Hosang
12.10.2025 13:29Eu simplesmente dou risadas da vassalagem das pessoas ao afirmarem que Trump irá resolver o conflito na Ucrânia. Se recuassem em 2014 e verificassem as posturas de Angela Merkel, Taryyip Erdogan e Donald Trump veriam que nada aconteceu por acaso. Todos participaram do projeto expansionista de Vladimir Putin. Que dicotomia terrível que assola os vassalos do mundo atual, só veem em tudo ideologia de direita ou esquerda, são alvos fáceis para os que promovem as pilhagens nos dias atuais.
Marian
12.10.2025 13:03Trump tem muito ainda a consertar. Queria ver a Rússia invadir a Ucrânia se fosse Trump o presidente à época.
Clayton De Souza pontes
12.10.2025 11:19Muito bom. O poderio russo só pode ser abalado com ajuda externa. Força ucranianos!