Estudante suspensa denuncia autoritarismo woke
“Eu fui punida simplesmente por questionar políticas que colocam identidade de gênero acima do sexo biológico. Isso não é liberdade de expressão, é censura”, afirmou
Connie Shaw, estudante da Universidade de Leeds, viu sua carreira na rádio estudantil Leeds Student Radio (LSR) ser interrompida após expressar opiniões consideradas críticas à ideologia de gênero.
Suspensa de suas funções no final de novembro, Shaw tornou-se o mais recente exemplo de uma cultura acadêmica que, segundo críticos como o psicólogo Jonathan Haidt, tem sufocado o debate intelectual em prol de uma visão única e excludente.
Shaw foi acusada de trazer “descrédito” à rádio por suas postagens e projetos independentes, como um podcast em que entrevistou figuras como Graham Linehan, conhecido por suas críticas ao ativismo trans. “Eu fui punida simplesmente por questionar políticas que colocam identidade de gênero acima do sexo biológico. Isso não é liberdade de expressão, é censura”, afirmou.
Haidt, autor de A Mente Moralista, denuncia como universidades ocidentais estão sendo dominadas por uma ideologia que ele descreve como “radical e tribal”. A promoção de “segurança emocional” e “inclusividade” estaria, segundo ele, gerando uma intolerância sistêmica a opiniões divergentes, especialmente em relação a temas polêmicos como raça, gênero e sexualidade.
Outros autores, como Greg Lukianoff e James Lindsay, apontam que esse movimento tem transformado campi universitários em “câmaras de eco” onde o cancelamento se tornou uma arma comum contra dissidentes.
A suspensão de Shaw reflete essa tendência. Embora tenha indicado colegas pró-direitos trans para cargos na rádio, seu podcast independente foi visto como um ataque à inclusão. “Eu acredito em um espaço para todos, mas isso deve incluir a liberdade de debater ideias sem medo de represálias”, argumentou.
A Free Speech Union, organização que apoia Shaw em seu apelo contra a decisão, aponta que sua punição é um exemplo claro da repressão a vozes discordantes nas universidades. Shaw diz que busca romper com essa cultura: “Os estudantes têm medo de falar. Precisamos de liberdade para discordar sem sermos silenciados.”
O caso ecoa preocupações sobre o futuro da liberdade acadêmica. A Universidade de Leeds limitou-se a afirmar que “inclusão é um valor essencial”, sem comentar o apelo em andamento. Para Shaw, o episódio vai além de seu caso individual. “Se queremos universidades verdadeiramente inclusivas, precisamos garantir que elas sejam também espaços para o livre pensamento e o debate honesto.”
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