Empresas cortam patrocínios e Parada Gay de São Francisco perde milhões
O orçamento total do SF Pride é de US$ 2,3 milhões, e, até o momento, cerca de US$ 1 milhão já foi arrecadado

A organização do San Francisco Pride (SF Pride), na cidade californiana de São Francisco, está enfrentando dificuldades financeiras após cinco grandes empresas retirarem seu patrocínio para o evento deste ano.
A diretora-executiva do SF Pride, Suzanne Ford, confirmou que a celebração seguirá adiante, mas com um orçamento reduzido.
Segundo Ford, a retirada dos patrocínios pode estar ligada à mudança de postura das empresas em relação a programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) desde o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. “Estou muito preocupada. Obviamente, há pressão do governo federal”, afirmou.
Entre as empresas que cortaram o financiamento estão Benefit Cosmetics, Comcast, Anheuser-Busch, Diageo e La Crema, resultando em uma perda de aproximadamente US$ 300 mil para o evento.
O orçamento total do SF Pride é de US$ 2,3 milhões, e, até o momento, cerca de US$ 1 milhão já foi arrecadado. A organização agora busca levantar mais US$ 1,3 milhão para cobrir os custos do evento, que acontecerá nos dias 28 e 29 de junho, sob o tema “Queer Joy is Resistance”.
A La Crema, uma das empresas que cortaram o patrocínio, afirmou à Fox News Digital que continua comprometida com a comunidade LGBTQ+ e que está em negociações para encontrar uma forma de manter algum nível de parceria com o evento.
A retirada do apoio empresarial ao SF Pride ocorre em meio a uma tendência de recuo de iniciativas DEI por parte de grandes corporações nos Estados Unidos. Empresas como Facebook, McDonald’s, Walmart e Harley-Davidson também reduziram ou eliminaram seus programas de diversidade.
O governo Trump tem adotado uma postura contrária a iniciativas DEI, assinando ordens executivas que encerram tais políticas no funcionalismo público federal, em contratos governamentais e nos gastos federais.
Além disso, o Departamento de Educação lançou recentemente um portal chamado “EndDEI”, permitindo que pais, estudantes e professores relatem casos de discriminação ligados a essas políticas.
A retirada dos patrocínios por parte das empresas reforça a mudança de clima no setor corporativo em relação às pautas progressistas nos Estados Unidos.
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Comentários (3)
Fabio B
18.03.2025 14:32Não dou a mínima para empresas que queiram financiar esse tipo de movimento, o problema é quando o Estado com o dinheiro dos impostos entra junto.
LuÃs Silviano Marka
18.03.2025 13:06Eu achei que levaria anos pra Humanidade se ver livre da estupidez, do radicalismo, da intolerância "woke". Observo com alegria no coração o castelo de cartas desses neofascistas da extrema esquerda se desmanchando em tempo real diante dos nossos olhos.
Marcia Elizabeth Brunetti
18.03.2025 11:52Trump pode ser um estúpido, mas esse radicalismo dos grupos LGBTQIA+ estão merecendo. Ao invés de conseguirem apoio estão conseguindo só antipatia da população. Existe solução, mas não é na arrogância dos ditos "excluídos" que poderão ver resultados.