Dívida dos EUA dispara e rombo cresce trilhões sob Biden
Relatório oficial aponta que endividamento cresceu mais rápido do que o previsto durante gestão Biden

O endividamento dos Estados Unidos cresceu de maneira acelerada nos últimos anos e atingiu níveis bem acima das previsões feitas antes da posse de Joe Biden, segundo um novo relatório do Escritório de Orçamento do Congresso (CBO).
O documento, que traça o cenário fiscal do país entre 2025 e 2035, aponta que os gastos públicos e o déficit orçamentário expandiram durante o governo democrata, ampliando o risco de uma crise econômica de grandes proporções.
Atualmente, a dívida pública americana já ultrapassa US$ 36 trilhões, o equivalente a quase R$ 180 trilhões, ou mais de sete vezes o PIB do Brasil.
Em fevereiro de 2021, quando Biden assumiu a presidência, o CBO projetava que a dívida atingiria US$ 35,3 trilhões em 2031. A nova estimativa aponta que o valor será US$ 41,99 trilhões, um aumento de US$ 6,6 trilhões.
Os gastos federais também cresceram acima do previsto.
No início da gestão Biden, o CBO estimava que, em 2031, os gastos chegariam a US$ 7,65 trilhões por ano. A nova projeção indica que esse valor será US$ 9,06 trilhões, um acréscimo de 18%.
O déficit orçamentário – a diferença entre receitas e despesas – também disparou, passando de uma previsão inicial de US$ 1,88 trilhão para US$ 2,23 trilhões no mesmo período.
O relatório também destaca o aumento expressivo dos custos com os juros da dívida. Até 2035, o governo dos Estados Unidos deve gastar US$ 1,78 trilhão por ano (aproximadamente R$ 9 trilhões) apenas para pagar os encargos financeiros do endividamento – um valor que superará os gastos anuais com a Previdência Social, estimados hoje em US$ 1,5 trilhão.
O crescimento da dívida americana tem sido impulsionado pelo aumento das despesas públicas nos últimos anos.
Durante o governo Biden, diversos programas de estímulo econômico foram aprovados, ampliando os gastos governamentais, enquanto a arrecadação não acompanhou esse crescimento. Além disso, os custos com defesa e saúde também subiram, elevando ainda mais a necessidade de novos empréstimos.
Especialistas alertam que esse aumento na dívida pode gerar impactos inflacionários e comprometer a estabilidade fiscal dos EUA a longo prazo.
O relatório do CBO reforça que, caso o governo não tome medidas para reduzir gastos ou aumentar impostos, o país poderá enfrentar dificuldades para manter sua credibilidade financeira no mercado internacional.
O Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado por Elon Musk, identificou um escândalo de US$ 4,7 trilhões em pagamentos não especificados – um montante superior ao PIB de países como Brasil e México somados.
Caso o crescimento do endividamento continue nesse ritmo, os impactos poderão ser sentidos não apenas nos Estados Unidos, mas em toda a economia global.
Como o dólar é a principal moeda do comércio internacional, uma crise fiscal americana poderia gerar turbulência nos mercados mundiais, elevar os juros globais e provocar recessão em diversos países.
Diante desse cenário, economistas afirmam que o governo terá que tomar decisões difíceis para conter o crescimento da dívida, com foco especial no corte de despesas.
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Comentários (2)
Armando Nuno De Fiúza Lopes
19.02.2025 10:27Vamos ver se o Trump com as suas polémicas medidas protecionistas e com o enxugo que o Musk está a fazer a todos os níveis da economia serão suficientes para mudar esta tendência ruinosa no médio prazo. Não é por acaso que os americanos querem acabar com a guerra na Ucrânia e começar a faturar e receber.
Luis Eduardo Rezende Caracik
19.02.2025 09:18Parece que a tendência do dólar é de se desvalorizar. Bancos centrais do mundo todo estão reduzindo suas reservas em dólar em favor de ouro e prata. Diante de uma dívida tão grande dos Estados Unidos, o dólar está pouco a pouco perdendo sua credibilidade. E cada vez mais países estão negociando com base em moedas locais.