Ditadura de Maduro sequestra María Corina Machado
Líder da oposição venezuelana saía de ato político na cidade de Cachao, quando foi interceptada por policiais

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi derrubada de uma moto ao sair de uma manifestação do bairro de Chacao, em Caracas, e levada presa pela ditadura de Nicolás Maduro nesta quinta-feira, 9.
Agentes do regime atiraram contra as motos que a levavam.
A equipe de campanha de María Corina, Comando Con Venezuela, denunciou a ação policial:
“María Corina foi interceptada violentamente ao sair da concentração em Chacao. Esperamos confirmar sua situação em minutos. Tropas do regime atiraram contra as motos que a transportavam“, publicou no X.
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María Corina foi sequestrada pela Diretoria Geral de Contrainteligência Militar, a DGCIM, um dos principais órgãos da repressão, conhecido por prender e torturar militares que criticam o regime chavista.
Vídeos gravados
Uma hora depois, a equipe da opositora do regime confirmou a libertação.
Segundo o Comando Con Venezuela, María Corina foi obrigada a gravar vídeos dizendo que “estava bem”
Agência estatal nega
Um veículo oficial do regime chavista de Nicolás Maduro negou que María Corina tenha sido sequestrada pelas forças de segurança.
No X, o perfil Agência Venezuela News publicou uma imagem em que a oposicionista estaria na garupa de uma motocicleta, enquanto um policial tirava foto dela:
“Fontes oficiais negam que María Corina Machado tenha sido detida e agredida neste dia 9 de janeiro“, afirmou.
Reações
O vice-diretor para o continente americano da Human Rights Watch (HRW), Juan Pappier, confirmou o sequestro de María Corina:
“Confirmamos a prisão do líder da oposição venezuelana. A comunidade internacional deve exigir a sua libertação imediata em uníssono ”, afirmou no X.
Da Argentina, o ex-presidente Mauricio Macrí exigiu a libertação:
“María Corina, não vamos te abandonar. Venezuela será livre!”, escreveu em sua conta no X.
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, pediu a soltura de María Corina:
“Panamá exige a plena liberdade de María Corina Machado, assim como o respeito por sua integridade pessoal. O regime ditatorial é responsável por sua vida!”
Mulino reuniu-se com o presidente eleito da Venezuela, Edmundo González Urrutia, na quarta-feira, 9.
O Banco Central do Panamá guardará a cópia das atas da eleição de 28 de julho que atestam a vitória eleitoral de González.
Manifestações
Escondida desde o dia 28 de agosto do ano passado, María Corina reapareceu em atos políticos nas ruas da capital Caracas e no município de Chacao nesta quinta-feira, 9.
As manifestações ocorrem na véspera de mais uma ilegítima posse do ditador Nicolás Maduro.
“Que ninguém tenha dúvida, o que farão amanhã marca o fim do regime“, disse a opositora a milhares de venezuelanos em Cachao.
González compartilhou uma imagem de María Corina em manifestação na capital:
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