“Democratas desafiam a opinião pública e se afundam no debate sobre esporte feminino”
Doreen Denny critica o Partido Democrata por se opor a uma lei que restringe a participação de atletas trans em esportes femininos e argumenta que a postura pode custar votos à legenda

A articulista Doreen Denny publicou nesta quarta, 19, artigo na Fox News intitulado “Democrats have lost their way on women’s sports – and here’s the political price they’ll pay”.
Ela argumenta que os democratas estão indo contra a vontade popular ao se oporem à Lei de Proteção das Mulheres e Meninas no Esporte, proposta para reforçar o princípio de que as competições femininas sejam exclusivamente para mulheres biológicas.
Segundo Denny, essa posição pode ter sérias consequências políticas para o partido em eleições futuras.
“Ao invés de respeitar as pesquisas que mostram a opinião pública fortemente favorável a manter homens trans fora do esporte feminino, os democratas do Capitólio se recusaram a mudar de curso”, afirma.
A autora destaca que o Partido Republicano conseguiu aprovar a lei na Câmara, mas a proposta foi barrada no Senado por uma obstrução democrata.
A resistência dos democratas, segundo a colunista, contrasta com mudanças de posicionamento dentro do próprio partido. Apesar disso, ela aponta que o Senado ignorou a pressão popular e adotou uma estratégia de obstrução para impedir a votação do projeto em março.
A articulista menciona ainda que a questão já influencia decisões eleitorais nos Estados Unidos. “Democratas em estados como Geórgia, Michigan e Nova Jersey entenderam a mensagem e votaram com os republicanos em projetos similares”, observa. No entanto, no nível federal, a legenda continua resistindo.
A polêmica também expôs divergências dentro do próprio partido. A deputada Lori Trahan, de Massachusetts, criticou recentemente a desigualdade de pagamentos em acordos de patrocínio no esporte feminino. Porém, segundo Denny, a mesma congressista “acabou de votar contra a proteção da equidade para atletas femininas, ao rejeitar a lei que impediria a inclusão de atletas trans”.
Para a autora, o Partido Democrata abandonou a defesa dos direitos das mulheres ao adotar, em 2013, uma nova definição legal de sexo no Ato de Violência Contra a Mulher, permitindo que homens trans tenham acesso a espaços exclusivamente femininos. Esse teria sido o momento em que a sigla “abriu mão de proteger as mulheres como mulheres”.
Denny conclui afirmando que a decisão dos democratas pode fortalecer os republicanos em 2026 e destaca um fator simbólico: “As eleições continuarão coincidindo com os anos de Olimpíada – um lembrete constante para os eleitores de que o esporte feminino deve ser apenas para mulheres”.
Quem é Doreen Denny
Doreen Denny é uma comentarista política americana e atua como vice-presidente da Concerned Women for America, uma organização dedicada a pautas políticas ligadas à família e direitos das mulheres.
MATRIA e a igualdade nos esportes
A associação argumenta que a inclusão de atletas trans compromete a equidade esportiva, coloca em risco a segurança de atletas femininas e reduz as oportunidades para mulheres no esporte de alto rendimento.
Com base em estudos científicos e relatos de esportistas, a MATRIA busca influenciar políticas públicas e normas esportivas para garantir justiça e proteção às atletas.
Um dos principais pontos defendidos pela MATRIA é que a separação entre categorias masculina e feminina não é uma questão de identidade de gênero, mas sim de biologia.
A associação destaca que diferenças fisiológicas entre homens e mulheres, como densidade óssea, massa muscular e capacidade cardiovascular, oferecem vantagens competitivas aos atletas do sexo masculino, mesmo após a supressão de testosterona.
Para o grupo, permitir atletas trans nas modalidades femininas distorce o princípio de igualdade no esporte.
Outro argumento central da associação é a segurança física das atletas. Em esportes de contato, o risco de lesões aumenta significativamente quando mulheres enfrentam adversárias com estrutura corporal masculina.
Relatos de atletas brasileiras apontam que o confronto com competidoras trans tem causado afastamentos por lesão e desmotivação para seguir na modalidade.
A MATRIA alerta que, ao ignorar esse fator, federações esportivas e autoridades desconsideram o direito das mulheres a um ambiente esportivo seguro.
A questão do silenciamento das atletas também é uma preocupação da organização. Segundo MATRIA, muitas esportistas que se manifestam contra a inclusão de atletas trans sofrem retaliações, desde ataques em redes sociais até o risco de perderem patrocínios e convocações para competições.
A associação denuncia que a imposição do discurso da “inclusão” tem feito com que mulheres se sintam coagidas a aceitar regras que as prejudicam, com medo de serem rotuladas como preconceituosas.
Para garantir a equidade e a segurança no esporte feminino, a MATRIA propõe que as competições sejam organizadas com base no sexo biológico e que se considere a criação de categorias abertas, onde qualquer atleta possa competir independentemente de sua identidade de gênero.
A associação tem promovido debates, divulgado estudos científicos e pressionado parlamentares e entidades esportivas para que adotem políticas que protejam as mulheres no esporte.
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Comentários (2)
Carlos Renato Cardoso Da Costa
19.03.2025 12:58A feminidade da moça da foto é inquestionável
Marcia Elizabeth Brunetti
19.03.2025 08:03Essa polêmica me fez pensar sobre como se dá a distribuição de papéis para um balé? Sabe-se que temos muitos homossexuais masculinos formam-se em balé. Eles podem participar como 1ª bailarina do Lago dos cisnes?