Crusoé: Xi Jinping se reúne com chefes das principais empresas privadas
O ditador Xi Jinping, que anteriormente impôs severas restrições às empresas privadas, agora parece buscar o apoio dos líderes dessas organizações a fim de enfrentar os desafios econômicos crescentes do país

Nos últimos anos, a postura do governo chinês em relação ao setor privado tem passado por uma transformação significativa.
O ditador Xi Jinping, que anteriormente impôs severas restrições às empresas privadas, agora parece buscar um diálogo mais próximo com os líderes dessas organizações, revelando os desafios econômicos enfrentados pelo país.
Por um longo período, Xi Jinping exerceu pressão considerável sobre o setor privado, exigindo que as empresas alinhassem suas operações aos objetivos do Partido Comunista. Ele frequentemente se referiu à “expansão desordenada do capital”, indicando a necessidade de um controle mais rigoroso sobre as atividades empresariais.
Novo capítulo?
No entanto, um novo capítulo se abriu. Na última segunda-feira, 17 de fevereiro, Xi se reuniu com CEOs de importantes empresas privadas em um simpósio realizado em Pequim.
Entre os participantes estavam figuras proeminentes como Ren Zhengfei, fundador da Huawei; Wang Chuanfu, da BYD; e Pony Ma, da Tencent. O conteúdo das discussões não foi divulgado imediatamente.
A presença de Jack Ma, ex-presidente da Alibaba, foi particularmente notável e gerou grande surpresa.
Ma havia se afastado de sua posição em setembro de 2019 e se retirou do conselho da Alibaba no ano seguinte.
Sua saída foi interpretada como resultado do crescente poder que exercia e sua crítica aberta ao governo durante uma conferência em 2020, onde destacou a importância da inovação frente à regulamentação ultrapassada.
A mudança de atitude de Xi
A mudança de atitude de Xi é inesperada, considerando que desde 2019 ele havia restringido ainda mais a atuação das empresas privadas.
Em 2020, foram enviados representantes do Partido para monitorar as atividades das empresas tecnológicas na região de Hangzhou, enfatizando que essas organizações deveriam apoiar os objetivos políticos de Xi.
O foco das empresas não deveria ser apenas o lucro, mas também a implementação da política da “prosperidade comum”, defendida por Xi.
Esse conceito supostamente visa uma distribuição mais equitativa…
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