O Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou às autoridades europeias nesta segunda-feira, 17, que o país irá deixar o Centro Internacional para a Acusação do Crime de Agressão contra a Ucrânia (ICPA, na sigla em inglês), registrou o New York Times.

A decisão, segundo o jornal, é a mais recente indicação do afastamento do governo Trump do compromisso americano de responsabilizar pessoalmente o ditador Vladimir Putin pelos crimes cometidos contra ucranianos.

Criado para responsabilizar a Rússia e seus aliados, como Belarus, Coreia do Norte e Irã, por crimes como agressão sob o direito e tratados internacionais que violam a soberania de outro país, o grupo, coordenado pela Agência da União Europeia para a Cooperação em Justiça, a Eurojust, conta com a participação americana desde 2023.

“As autoridades dos EUA me informaram que concluirão seu envolvimento no ICPA” até o final de março, escreveu o presidente da Euojust, Michael Schmid, em carta interna obtida pelo jornal.

Na carta, Schmid afirmou que o grupo continua “totalmente comprometido” em responsabilizar “os responsáveis ​​pelos principais crimes internacionais” na Ucrânia.

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“Acho que tenho o poder de acabar com essa guerra, e acho que está indo bem. Mas hoje ouvi: “Ah, bem, não fomos convidados”. Bem, vocês estão lá há três anos. Vocês deveriam ter acabado [com a guerra] depois de três anos. Vocês nunca deveriam ter começado [a guerra]. Vocês poderiam ter feito um acordo”, disse o presidente americano, ecoando Putin.

Em resposta, Zelensky expressou sua preocupação com as declarações de Trump, afirmando que o presidente americano parece estar “imerso em uma bolha de desinformação”.

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