Crusoé: Por que os sírios de Hama odeiam o pai de Bashar al-Assad
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Crusoé: Por que os sírios de Hama odeiam o pai de Bashar al-Assad

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Duda Teixeira
2 minutos de leitura 06.12.2024 15:59 comentários
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Crusoé: Por que os sírios de Hama odeiam o pai de Bashar al-Assad

Hafez Assad ordenou o massacre de entre 10 mil e 40 mil pessoas após um cerco de um mês, como represália a ações do grupo sunita Irmandade Muçulmana

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Crusoé: Por que os sírios de Hama odeiam o pai de Bashar al-Assad
Reprodução / redes sociais

Logo que o grupo terrorista Hayat Tahrir al-Sham (HTS) conquistou a cidade de Hama, a 219 quilômetros da capital Damasco, estátuas de Hafez Assad (foto), pai do ditador Bashar Assad, foram derrubadas.

Um motociclista amarrou a cabeça da estátua na parte de trás de uma moto e saiu pela cidade.

A comemoração dos sírios com a derrubada das estátuas de Hafez Assad é fácil de entender.

Em 1982, Hafez Assad promoveu um massacre na cidade.

Durante um mês, forças governamentais cercaram a cidade e mataram entre 10 mil e 40 mil pessoas.

Prédios foram bombardeados e ficaram em ruínas.

Oitenta mesquitas foram demolidas.

Irmandade Muçulmana

A cidade era um pólo da Irmandade Muçulmana, organização criada no Egito em 1928 voltada para o assistencialismo, mas cuja ideologia gerou diversos grupos terroristas, incluindo o palestino Hamas.

O conflito em Hama começou quando membros da Irmandade, então o principal grupo opositor, assassinaram membros do partido Baath, de Assad, e militares.

Hafez Assad, então, ordenou um ataque brutal.

Alauítas e sunitas

A família de Assad pertence à minoria alauíta, uma variante esotérica do islamismo xiita, enquanto a Irmandade Muçulmana é muçulmana sunita, ramo majoritário no islamismo.

Os alauítas são cerca de 12% da população na Síria, mas detém o poder em Damasco.

Após os bombardeios aéreos no centro de Hama com caças, tanques e tropas penetraram na cidade.

O irmão de Hafez, Rifaat, comendou a artilharia e com isso ganhou o apelido de “o açougueiro de Hama“.

Rifat foi acusado de ordenar assassinatos, prisões ilegais e torturas.

Após o cerco, organizações humanitárias e jornalistas estrangeiros foram proibidos de entrar na cidade.

Praticamente toda família de Hama, que então tinha 250 mil habitantes, perdeu ao menos um parente.

Entre os mortos estavam muitos civis sem qualquer relação com a Irmandade Muçulmana.

A possível entrada do grupo HTS a Damasco preocupa principalmente os alauítas…

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