Crusoé especial: Superando o terror
O que os dois anos dos ataques de 7 de outubro dizem sobre Israel, Hamas e o Ocidente
Num mundo são, a reação abnegada e corajosa dos cidadãos israelenses às atrocidades cometidas pelos terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023 seria celebrada como símbolo das virtudes de Israel, diz Douglas Murray em On Democracies and Death Cults (Broadside Books).
O que o jornalista inglês conta em seu livro sobre a reação do Ocidente ao maior massacre de judeus desde o Holocausto, cujo subtítulo é “Israel e o futuro da civilização”, sugere que falta sanidade para entender o que aconteceu naquele dia e os impactos dos atos de terrorismo que os membros do Hamas fizeram questão de registrar e, em alguns casos, transmitir ao vivo enquanto os cometiam.
Murray destaca, entre tantas maldades que foram cometidas e gravadas pelos próprios terroristas, a postagem de uma live no Facebook que transmitiu a morte de Bracha Levinson, de 74 anos, no perfil da própria vítima, uma das 1.200 pessoas covardemente assassinadas naqueles ataques.
Edição especial
Esse tipo de procedimento macabro dificultou, mas não chegou a inibir apologistas da Palestina ou críticos do Estado de Israel de tentar botar em dúvida o que ocorreu durante os ataques que completam dois anos nesta terça-feira.
Esta edição especial de Crusoé analisa como o mundo acompanha a reação israelense.
O Hamas, grupo responsável pelas atrocidades, está mais enfraquecido do que nunca (leia mais em Hamas em colapso), mas Israel perdeu prestígio internacional ao enfrentar um inimigo malicioso, que só preza pelas vidas de sua população no discurso (leia mais em Reféns do Hamas).
O major Rafael Rozenszajn, porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI) nascido no Brasil, fala, em entrevista, sobre os desafios militares e narrativos dos últimos dois anos.
E os analistas de Crusoé exploram a perspectiva de paz a partir do plano de Donald Trump (Samuel Feldberg assina o artigo Dogmatismo jihadista ou Realpolitik?), os desafios morais enfrentados pelo Ocidente a partir do conflito (Catarina Rochamonte fala sobre Islamoesquerdismo, decolonização e a desordem moral do Ocidente) e a perspectiva dos judeus diante dos desafios de Israel (Ricardo Kertzman constata o surgimento de Uma ferida incurável).
A edição apresenta também análises de personalidades internacionais sobre o conflito (5 respostas marcantes sobre Israel e terror), detalha os desafios internos em Gaza para o Hamas (A guerra dos clãs de Gaza contra o Hamas) e oferece dicas de documentários e livros sobre o 7 de outubro de 2023 para quem quer entender melhor a dimensão do ataque e da reação israelense.
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