Crusoé: A retomada da guerra sem fim
Avanço terrorista na Síria é encrenca para Rússia, Irã e Hezbollah
Uma ofensiva do grupo jihadista Tahrir al-Sham (HTS), ex-braço da Al-Qaeda, contra a ditadura de Bashar al-Assad, na Síria, bagunçou o tabuleiro geopolítico de uma guerra civil que se considerava terminada em 2016, mas que agora parece interminável.
As forças terroristas capturaram oitenta cidades. Entre elas, Aleppo, a segunda maior, e Hama, a terceira. Os rebeldes também controlam a maior parte da província de Idlib, no noroeste.
Nas redes sociais, vídeos mostraram integrantes do HTS incendiando bandeiras de do regime de Assad e da Rússia. Eles também derrubaram estátuas ligadas ao regime.
A investida preocupa principalmente países como a Rússia e o Irã. Mas também poderá ter consequências para Turquia, Estados Unidos e Israel.
A possibilidade de que o regime de Assad caia não pode ser descartada. Nesta quinta, 5, o HTS estava a apenas 219 quilômetros da capital, pouco mais de duas horas de carro.
Primavera Árabe
A origem da guerra atual está na Primavera Árabe, onda de protestos populares contra ditadores do Oriente Médio que teve início no final de 2010, quando um vendedor de frutas ateou fogo ao próprio corpo na Tunísia.
Logo depois, em 2011, as manifestações chegaram à Síria. O ditador Bashar al-Assad então desencadeou uma repressão brutal, que gerou novos protestos e o envolvimento de outros países e grupos.
O grupo étnico dos alauítas, da família de Assad, foi apoiado fortemente pela Rússia e pelo Irã.
Do outro lado, estavam os grupos rebeldes, como o Exército Livre da Síria, que buscavam a queda do regime.
Aproveitando-se do caos, surgiu o grupo terrorista Estado Islâmico, que conquistou vários territórios na Síria e no norte do Iraque.
Quem também tirou proveito dessa situação foi o grupo terrorista Jabat Al-Nusra, depois conhecido como Frente Nusra…
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