Corte Suprema confirma condenação de Cristina Kirchner
Ex-presidente da Argentina condenada por corrupção poderá cumprir prisão domiciliar e ficará proibida de exercer cargos públicos

A Corte Suprema de Justiça da Argentina confirmou, por unanimidade, nesta terça-feira, 10, a condenação da ex-presidente Cristina Kirchner a seis anos de prisão por corrupção.
Os três juízes da instância máxima do tribunal argentino rejeitaram um recurso apesentado pela defesa de Cristina e mantiveram a proibição perpétua de exercer cargos públicos.
Aos 72 anos, a ex-presidente deve cumprir pena em prisão domiciliar e não poderá concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa da Província de Buenos Aires.
Nos últimos dias, militantes peronistas foram às ruas protestar contra uma decisão que impediriam Cristina de disputar a próxima eleição.
Em novembro de 2024, a Câmara de Cassação havia ratificado a condenação da ex-presidente, considerando comprovada a administração fraudulenta durante seu governo ao favorecer o empresário Lázaro Báez com várias obras públicas na província de Santa Cruz.
O tribunal decidiu que Báez retribuía os benefícios recebidos através de acordos ilícitos envolvendo empresas ligadas à ex-presidente.
Durante um evento em Corrientes, Cristina questionou os motivos pelos quais não permitem sua participação nas eleições: “Por que não me deixam competir?”
Em suas redes sociais, ela postou uma imagem sorridente acompanhada da frase: “Olha como eu tremo”.
“Se eu for presa, isso mudará algo na vida das pessoas? A população continuará enfrentando problemas financeiros sob esta política”, afirmou Cristina.
Segundo pesquisa da CB Consultora Pública publicada pelo Clarín, 45% dos eleitores afirmam que nunca votariam nela, enquanto 30% se mostram dispostos a apoiá-la e 20% ainda estão indecisos.
O governo e aliados políticos acusam Kirchner de buscar proteção legal através dos privilégios de uma candidatura.
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