Condado da Califórnia amplia proteção a imigrantes ilegais
San Diego proíbe polícia de colaborar com deportações; Republicanos reagem
O condado de San Diego, na Califórnia, aprovou nesta terça-feira, 10, uma resolução que endurece as restrições à cooperação com autoridades federais de imigração, visando proteger imigrantes ilegais. A medida, aprovada por 3 votos a 1, antecipa o prometido plano de deportações em massa do presidente eleito Donald Trump, que tomará posse em janeiro de 2025.
A nova resolução vai além das políticas estaduais de “santuário” já em vigor, como a Lei dos Valores da Califórnia, proibindo o uso de recursos do condado para atender pedidos do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE). Isso inclui vetar informações sobre detenções e datas de liberação de imigrantes ilegais. Para imigrantes legais, a política não muda nada.
A presidente do Conselho, Nora Vargas, defendeu a medida. “As lacunas na legislação atual ainda permitiam que famílias fossem separadas. Nossa prioridade é a segurança e a confiança da comunidade imigrante”, declarou.
O republicano Jim Desmond, único voto contrário, criticou duramente a resolução. Segundo ele, a medida “protege criminosos violentos” ao impedir que policiais locais notifiquem o ICE sobre estupradores, agressores e abusadores de crianças sob custódia. “É uma traição ao dever de proteger nossas comunidades”, afirmou.
A decisão ocorre enquanto Trump promete uma “operação histórica” para deportar milhões de imigrantes ilegais nos primeiros meses de sua gestão. O ex-diretor do ICE, Thomas Homan, declarou que o plano é necessário para “retomar o controle das fronteiras e garantir a segurança pública”.
San Diego é um reflexo da batalha ideológica da Califórnia, estado que se posiciona contra as políticas linha-dura de Trump. A resolução aprofunda a divisão entre condados democratas, como San Diego, e a nova administração republicana.
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