Columbia: manifestantes anti-Israel invadem biblioteca durante provas
Estudantes e funcionários relatam sensação de ameaça; 80 foram presos após confronto com a polícia
Manifestantes anti-Israel, em sua maioria mulheres, invadiram e ocuparam a biblioteca Butler da Columbia University, em Nova York, durante o período de provas finais.
O grupo rebatizou o espaço como “Universidade Popular Basel Al-Araj”, em referência a um ativista palestino, e exigiu que a instituição rompesse laços financeiros com Israel.
Testemunhas relataram que os manifestantes subiram em mesas, gritaram “Free Palestine” e se recusaram a apresentar documentos de identificação para a segurança do campus.
A polícia de Nova York (NYPD) foi acionada após os seguranças perderem o controle da situação. No total, 80 pessoas foram presas, sendo 61 mulheres e 19 homens. Segundo fontes, pelo menos 50 dos detidos eram estudantes da própria Columbia.
Durante a operação, dois agentes de segurança da universidade ficaram feridos em meio a uma tentativa dos manifestantes de forçar a entrada em uma sala de leitura.
Claire Shipman, presidente interina de Columbia, classificou o protesto como “totalmente inaceitável” e afirmou que a intervenção policial foi necessária para garantir a segurança da comunidade acadêmica.
“Essas ações são ultrajantes. Disrupções em nossas atividades acadêmicas não serão toleradas”, disse.
O episódio ocorre em meio a pressões do governo Trump, que desde março já havia cortado US$ 400 milhões em financiamentos federais à Columbia, citando falhas no combate ao antissemitismo e na proteção de estudantes judeus.
O secretário de Estado Marco Rubio anunciou que o governo irá revisar o status de visto dos manifestantes presos, com possibilidade de deportação de estrangeiros envolvidos.
A crise em Columbia reflete uma tensão crescente nas universidades americanas, onde o ativismo pró-Hamas e manifestações anti-Israel têm gerado confrontos frequentes.
Nos últimos anos, figuras públicas como David Horowitz, intelectual conservador recém falecido, têm denunciado o que classificam como uma infiltração de grupos islâmicos radicais nas instituições de ensino superior dos Estados Unidos.
Horowitz organizou campanhas como a “Islamofascism Awareness Week”, realizadas em cerca de 100 universidades americanas, onde acusava entidades estudantis muçulmanas, como a Muslim Students Association (MSA), de manterem vínculos com grupos extremistas, incluindo a Irmandade Muçulmana e o Hamas.
Em suas palestras e artigos, ele apontava universidades como Georgetown e a própria Columbia como “cortinas de fumaça” para agendas antiocidentais e antissemitas.
Segundo Horowitz, o ambiente universitário era complacente com discursos radicais islâmicos, enquanto reprimia vozes conservadoras e pró-Israel.
Suas denúncias influenciaram debates sobre financiamento federal a universidades, liberdade de expressão e combate ao antissemitismo nos campi.
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