CEO da Nvidia causa fúria woke em Stanford
Jensen Huang desejou a universitários da prestigiosa universidade "amplas doses de dor e sofrimento"
Durante uma palestra na Universidade Stanford, na Califórnia, Jensen Huang, cofundador e CEO da Nvidia, surpreendeu a audiência ao desejar aos alunos “amplas doses de dor e sofrimento”. O executivo, que lidera a gigante da inteligência artificial agora avaliada em mais de US$ 2 trilhões, compartilhou sua visão sobre sucesso e caráter.
Nascido em Taiwan e com parte da infância vivida na Tailândia, Huang creditou parte de seu sucesso a “expectativas muito baixas”, contrastando com as “expectativas muito altas” dos estudantes de Stanford, acostumados a uma instituição de elite e recursos financeiros para sustentar seus estudos.
Para ele, esta diferença de expectativas impacta diretamente a resiliência, um componente crucial para o sucesso. “Pessoas com expectativas muito altas têm muito pouca resiliência. E, infelizmente, resiliência importa para o sucesso”, enfatizou Huang.
Sua fala apontou para uma valorização do caráter e da grandeza, elementos que, segundo ele, não são medidos pela inteligência, mas pelo que as pessoas sofrem e como reagem a esses sofrimentos. “Até hoje, eu uso a frase: dor e sofrimento dentro da nossa empresa com grande alegria. Porque você quer refinar o caráter da sua empresa. Você quer grandeza deles”, disse o CEO da Nvidia.
Jordan Peterson, o valor do sofrimento e do sacrifício
Dr. Jordan B. Peterson, renomado psicólogo e autor de best-sellers mundiais, aborda o tema do sofrimento e do sacrifício como elementos cruciais na jornada humana.
Em suas reflexões para jovens, recorre à história de Peter Pan para ilustrar o dilema do crescimento e da maturidade. Peter Pan, o menino que não quer crescer, representa a potencialidade infinita da infância contra a figura adulta de Capitão Gancho, marcada pelo trauma, tirania e a inevitabilidade do tempo, simbolizada pelo crocodilo que o persegue com um relógio em seu estômago.
Peterson destaca a armadilha de permanecer na infância, governando os “Meninos Perdidos” em uma “Terra do Nunca” inexistente, renunciando a possibilidade de relações reais e significativas — exemplificada pela relação com Wendy, que escolhe abraçar sua mortalidade e maturidade. Em contraste, Peter Pan se contenta com Tinkerbell, uma fada que, por mais encantadora que seja, não passa de uma ilusão.
Peterson fala sobre a maturidade como um ato de sacrifício — a renúncia do potencial ilimitado da juventude em favor da estrutura e da realidade da vida adulta. Este sacrifício é inevitável, mas escolher conscientemente esse sacrifício permite que se evite a dolorosa realidade de se tornar um “adulto infantilizado”, alguém que, aos 30 ou 40 anos, permanece tão perdido quanto na juventude, mas sem o encanto ou a desculpa da inexperiência.
Peterson argumenta que, ao escolher o próprio sacrifício, abrimos caminho para uma vida de desenvolvimento e expansão, onde ser “algo” — mesmo que inicialmente isso pareça limitador — abre novas possibilidades e dimensões de crescimento. Ele ecoa o conceito junguiano de reencontrar a criança interior na segunda metade da vida, redescobrindo o potencial após um período de aprendizado e especialização.
A mensagem central de Peterson é clara: a vida é inerentemente desafiadora e injusta, mas enfrentar esses desafios com coragem e disposição para o sacrifício não apenas nos define como indivíduos, mas também pavimenta o caminho para uma existência mais rica e significativa. Aceitar o sofrimento e escolher nossos sacrifícios é, paradoxalmente, o que nos permite transcender a dor e encontrar um propósito e satisfação mais profundos na vida.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)