Boric condena ataque do Irã a hospital israelense
Atitude do presidente chileno, que é de esquerda, contrasta com silêncio de Lula, que já tomou o lado do Irã

Ao contrário de Lula (PT), o presidente chileno, Gabriel Boric, que também é de esquerda, condenou nesta quinta-feira, 19, o ataque do Irã com mísseis balísticos contra o Soroka Medical Center, o principal hospital do sul de Israel. Ao menos 71 pessoas ficaram feridas, sendo seis em estado grave.
“Israel ataca o Irã, o Irã ataca Israel. Civis estão morrendo no Irã, civis estão morrendo em Israel. E civis continuam morrendo em Gaza. Hoje, um míssil iraniano danificou um hospital em Israel e feriu mais de 40 pessoas. Condenamos inequivocamente esses ataques. As guerras sempre acabam sendo pagas pelos inocentes. O Chile continuará defendendo o respeito ao direito internacional e aos direitos humanos em todos os contextos e em todos os momentos”, publicou no X.
Não é a primeira vez que Boric se posiciona contra ditaduras.
Em janeiro, após a ilegítima posse do ditador Nicolás Maduro, o chileno pediu a liberdade dos venezuelanos em um discurso.
“Eu sou uma pessoa de esquerda e da esquerda política eu digo a vocês, o governo de Nicolás Maduro é uma ditadura e nós temos que fazer todos os esforços internacionais para restaurar a lei, a democracia, todos os esforços para que o povo da Venezuela tenha o direito de direito de decidir seu próprio destino. Essa é a posição do governo chileno que defendemos desde o início e que manteremos. Faço um chamado para a liberdade dos presos políticos que estão sendo perseguidos neste momento na Venezuela“, disse Boric em uma cerimônia de entrega de viaturas policiais em Concepción
O lado de Lula
Em 13 de junho, o Ministério de Relações Exteriores brasileiro divulgou uma nota condenando a ofensiva aérea israelense, sem qualquer crítica ao programa nuclear iraniano ou ao financiamento iraniano de grupos terroristas que atacam Israel.
Não há qualquer menção ao direito de defesa israelense — algo que, por exemplo, o presidente francês Emmanuel Macron fez em sua declaração no X.
“A França condenou repetidamente o programa iraniano em andamento e tomou todas as medidas diplomáticas para esse fim. Neste contexto, a França reafirma o direito de Israel de se proteger e garantir sua segurança“, escreveu Macron.
A nota ainda diz que “os ataques ameaçam mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial“.
Quem pode gerar um conflito regional não é Israel, mas o Irã, que já estava fazendo isso financiando o Hamas, o Hezbollah e os Houthis.
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Comentários (1)
Clayton De Souza pontes
19.06.2025 19:04O Lula tem lado, e infelizmente é o das ditaduras tipo Iran, Venezuela, China e Rússia. Isso deveria assustar os brasileiros de bem e as outras instituições democráticas nacionais