Boicote salva presidente da Coreia do Sul de impeachment
Tentativa de destituir o presidente sul-coreano fracassou neste sábado após deputados governistas abandonarem sessão
A tentativa de destituir o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol (foto), fracassou neste sábado, 7 de dezembro, depois que deputados do governista Partido do Poder Popular (PPP) abandonarem a sessão convocada para votar a moção de impeachment. Sem quórum mínimo de dois terços, equivalente a 200 votos, a Assembleia Nacional não conseguiu validar o processo.
A oposição, liderada pelo Partido Democrático, controla 192 cadeiras, mas precisava de ao menos oito votos da base governista. Apenas três parlamentares do PPP participaram da sessão, sendo que um deles, Kim Sang-wook, declarou voto contra o impeachment.
O movimento ocorre dias após Yoon decretar lei marcial, medida inédita em mais de 40 anos, que gerou protestos em massa e forte repercussão internacional.
A declaração foi revogada poucas horas depois, devido à pressão do Parlamento.
Em pronunciamento, Yoon pediu desculpas pela medida, tentando justificar como uma “decisão desesperada”.
Afirmou que não fugirá de suas responsabilidades políticas e deixou ao partido a condução de “medidas para estabilizar a situação política”.
Em discurso transmitido pela TV, Yoon afirmou neste sábado que a decisão foi motivada por “urgência” diante de uma situação que julgou crítica, mas reconheceu o impacto negativo.
“Provoquei ansiedade e inconveniência à população. Peço desculpas sinceras aos cidadãos que se sentiram angustiados”, disse.
Líderes oposicionistas prometem retomar o impeachment em nova votação, prevista para a próxima quarta-feira, 11. Caso aprovado, Yoon seria afastado imediatamente, e a decisão final caberia à Corte Constitucional.
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