Aeronaves militares russas entraram brevemente na zona de identificação de defesa aérea da Coreia do Sul durante exercícios neste sábado, 15, e fez Seul enviar caças em resposta.

O Estado-Maior Conjunto sul-coreano informou que um número não especificado de aviões russos sobrevoou a região sobre o mar do Japão por volta das 9h20 (horário local), saindo em seguida pelas áreas leste e nordeste da zona.

Segundo o comunicado militar, as aeronaves russas não invadiram o espaço aéreo da Coreia do Sul. O exército detectou os aviões antes da entrada na zona de identificação e acionou caças como medida de precaução.

As autoridades sul-coreanas afirmaram que os pilotos russos não tinham intenção de violar o espaço aéreo do país e afirmou que a incursão ocorreu durante manobras.

A zona de identificação de defesa aérea não integra o espaço aéreo soberano, mas funciona como um perímetro adicional de monitoramento, o que permite tempo de reação em caso de ameaças ou para evitar colisões acidentais.

Em meio a tensões na região, Moscou já havia alertado Seul, em novembro, sobre o impacto do fornecimento de armas sul-coreanas à Ucrânia. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Andrei Rudenko, afirmou que o uso desse armamento contra cidadãos russos “destruiria definitivamente” as relações entre os dois países.

Cooperação entre Rússia e Coreia do Norte

Informações da agência de inteligência sul-coreana sugerem que a Coreia do Norte teria enviado tropas adicionais para a Rússia, especificamente para a região de Kursk.

Um representante da inteligência sul-coreana informou à AFP em 27 de fevereiro que, após um período de calmaria de cerca de um mês, os soldados norte-coreanos foram novamente posicionados na linha de frente na área de Kursk.

Em fevereiro, as autoridades de inteligência da Coreia do Sul relataram que as tropas da Coreia do Norte que haviam sido enviadas à Rússia não eram vistas em combate na região desde meados de janeiro.

A falta de confirmação sobre a presença militar norte-coreana na Rússia levanta questões sobre as intenções estratégicas de Pyongyang e Moscou.

Em junho de 2024, durante uma visita do ditador russo Vladimir Putin à Coreia do Norte, os dois países assinaram um tratado de segurança e defesa. Este acordo tem implicações diretas nas movimentações militares atuais e futuras.