Ato em Londres lembra vítimas do 7 de outubro
Bandeiras de Israel e do Reino Unido foram erguidas ao lado de fotos das vítimas do ataque terrorista do Hamas
Cerca de 3 mil pessoas se reuniram neste domingo, 5, na Trafalgar Square, em Londres, para marcar os dois anos do ataque do Hamas contra Israel, ocorrido em 7 de outubro de 2023. O ato foi realizado em meio ao clima de tensão após o ataque do dia 2 a uma sinagoga de Manchester.
O evento de hoje foi organizado pelo Board of Deputies of British Jews (BDBJ) e contou com a presença de líderes religiosos, familiares de reféns e sobreviventes.
Bandeiras de Israel e do Reino Unido foram erguidas junto de fotos das vítimas. O rabino-chefe Ephraim Mirvis conduziu uma oração pela libertação dos reféns que seguem em poder do Hamas.
Durante a cerimônia, houve um momento de silêncio em memória aos cidadãos britânicos mortos no ataque terrorista de 2023. O presidente do BDBJ, Phil Rosenberg, pediu união após a tragédia em Manchester.
“Perante esta perda, a nossa comunidade mantém-se firme, determinada a defender o direito de Israel a existir em segurança e paz, e a combater o antissemitismo onde quer que ele apareça”, afirmou.
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Protestos e críticas ao governo
Rosenberg criticou os protestos pró-Palestina realizados no sábado em Londres e em Manchester, apesar dos apelos das autoridades para que não houvesse manifestações durante o período de luto judaico.
Para ele, os atos foram “quase uma celebração pelo atentado no Yom Kippur”. O líder pediu que o governo investigue os detidos por possíveis crimes de incitação ao ódio.
Quase 500 manifestantes foram presos durante os protestos de sábado, organizados pelo grupo “Palestine Action”, banido em julho após ações de vandalismo em bases militares.
A ministra do Interior, Shabana Mahmood, repreendeu os participantes por não respeitarem o luto judaico e anunciou mudanças na legislação que darão mais poderes à polícia para proibir ou restringir manifestações.
Keith Black, presidente do Jewish Leadership Council, também se pronunciou no ato em Londres. Para ele, o ataque em Manchester mostrou “quão mortal esse antissemitismo virulento se tornou”.
Entre os discursos, houve depoimentos emocionados de sobreviventes. Emily Damari, britânica-israelense sequestrada em 7 de outubro e mantida refém por 471 dias em Gaza, enviou uma mensagem em vídeo pedindo mobilização.
“Jamais podemos desistir deles”, disse sobre os reféns.
Outro sobrevivente, Shaun Lemel, que estava no Festival Nova, descreveu a transição súbita de “um festival épico de música” para “o campo de batalha mais horrível”.
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Plano de Trump
O plano de paz do presidente Donald Trump propõe que Gaza seja governada por um “comitê palestino tecnocrático e apartidário”, supervisionado por um órgão internacional presidido pelo presidente dos EUA.
Segundo Trump, Israel aceitou uma linha inicial de retirada em Gaza, e o cessar-fogo será “imediatamente efetivo” após confirmação do Hamas.
“Quando o Hamas confirmar, o cessar-fogo será IMEDIATAMENTE efetivo, a troca de reféns e prisioneiros começará, e criaremos as condições para a próxima fase da retirada, que nos aproximará do fim desta CATASTROFE DE 3.000 ANOS. Obrigado pela atenção a este assunto e, FIQUEM ATENTOS!”, afirmou Trump em publicação nas redes sociais.
Como mostramos, Netanyahu disse esperar anunciar nos próximos dias o retorno dos reféns, vivos e mortos, e afirmou que a ação diplomática “virou a situação de cabeça para baixo”, isolando o Hamas.
Segundo ele, as Forças de Defesa de Israel serão realocadas para continuar supervisionando Gaza.
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Comentários (1)
Annie
05.10.2025 18:23Inglaterra se não abrir o olho vai virar.pais muçulmano.