Ataques do Irã deixam mortos e desaparecidos em cidades israelenses
Autoridades de Israel classificaram ataques da noite de sábado como o pior contra civis nos últimos dias

O ataque com mísseis balísticos lançado pelo Irã na noite de sábado, 14, foi classificado por autoridades israelenses como o pior contra civis nos últimos dias.
Ao todo, o Irã lançou aproximadamente 80 mísseis em duas ondas. A primeira, com 40 projéteis, teve como alvo o norte do país; a segunda, com 35, foi direcionada à região central. Os ataques causaram destruição em várias cidades, incluindo Bat Yam, Rehovot e Tamra.
Em Bat Yam, cidade litorânea próxima a Tel Aviv, ao menos seis pessoas morreram após parte de um prédio residencial desabar. O edifício contava com uma área segura que ocupava um andar inteiro e um abrigo subterrâneo — todas as vítimas estavam fora dessas zonas de proteção.
Cerca de 20 pessoas seguem desaparecidas. Equipes de resgate tiveram dificuldades para acessar o local e precisaram romper paredes e invadir apartamentos parcialmente destruídos. Algumas vítimas foram encontradas com vida.
No norte de Israel, a cidade de Tamra também foi atingida e registrou cinco mortes. Em Rehovot, cerca de 40 pessoas ficaram feridas, e um civil foi resgatado com vida dos escombros.
Em reação, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ameaçou novas ações contra Teerã e disse que o país “vai continuar a arrancar a pele da serpente iraniana”, em referência à infraestrutura militar e nuclear do regime dos aiatolás.
O Exército israelense também emitiu um alerta pedindo que civis iranianos evacuem áreas próximas a instalações militares.
O espaço aéreo de Israel segue fechado para pousos e decolagens no aeroporto Ben Gurion. Segundo a autoridade aeroportuária, qualquer reabertura será anunciada com seis horas de antecedência. O governo prepara um plano para repatriar israelenses que estão no exterior.
O presidente israelense, Isaac Herzog, lamentou o que chamou de “uma manhã muito triste e difícil”.
Em publicação nas redes sociais, ele prestou solidariedade às famílias das vítimas. “Judeus e árabes, veteranos e imigrantes, crianças e idosos: todos foram atingidos. Compartilho a dor e rezo pelos desaparecidos e feridos”, escreveu.
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