O Exército russo lançou um grande ataque com drones contra a cidade de Odessa, na Ucrânia, ferindo três adultos e uma criança nesta quarta-feira, 19.

A ação da Rússia danificou o sistema elétrico da cidade ucraniana, ocasionado cortes de energias das casas de 160 mil moradores em um momento de frio extremo no país. As temperaturas marcam abaixo de -5ºC.

Segundo o chefe da administração militar de Odessa, Oleh Kiper, o ataque destruiu uma clínica infantil, 13 escolas e unidades residenciais.

No distrito de Kivski, moradores ficaram sem aquecimento e precisaram migrar para centros de assistências com calefação do governo local.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou as ações russas contra o setor energético do país. Segundo Zelensky, as autoridades “mentiram” na reunião com os representantes dos EUA sobre o possível fim da guerra.

“Ontem mesmo, após a infame reunião em Riad, ficou claro que os representantes russos mentiram novamente quando afirmaram que não estavam atacando o setor energético da Ucrânia . No entanto, quase simultaneamente, eles lançaram outro ataque de drones contra transformadores elétricos‘, afirmou.

Zelensky escreveu ainda que o governo russo é comandado por “mentirosos patológicos” e que “não são confiáveis.”

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Trump ignora a Ucrânia

Nesta semana, o governo de Donald Trump iniciou as reuniões com representantes russos para negociarem o fim da guerra na Ucrânia.

Trump, porém, afirmou que os ucranianos não deveriam ter lutado contra as agressões russas.

“Não foi uma boa ideia eles lutarem nessa guerra”, disse.

O presidente americano classificou a adesão de Kiev à Otan como “impraticável” e também descartou a reconquista de territórios ocupados.

Após o início das negociações, Zelensky disse que os esforços para acabar com a guerra devem incluir os países do bloco europeu e a Turquia.

“A Ucrânia, a Europa no sentido mais amplo, e isso inclui a União Europeia, a Turquia e o Reino Unido, devem participar das negociações e do desenvolvimento das garantias de segurança necessárias com os Estados Unidos em relação ao destino da nossa parte do mundo“, afirmou.