Accenture abandona políticas identitárias
A icônica consultoria abandona políticas “woke” e privilégios de grupos específicos

A Accenture, multinacional de consultoria com sede em Nova York, anunciou o fim de suas metas globais ligadas a políticas identitárias e privilégios de grupos específicos, estabelecidas em 2017, segundo o Financial Times.
A decisão ocorre após uma análise do cenário político dos Estados Unidos, intensamente transformado desde a posse de Donald Trump no mês passado. Em comunicado interno, a CEO Julie Sweet informou que a empresa começará a descontinuar os objetivos que beneficiavam grupos demográficos específicos, além de encerrar programas de desenvolvimento de carreira exclusivos.
A mudança vem como resposta direta às recentes ordens executivas assinadas por Trump, que cortaram os programas federais de diversidade, equidade e inclusão (DEI). O presidente norte-americano classificou essas políticas como “nonsense absoluto” e “discriminatórias”, prometendo restaurar um mercado de trabalho baseado exclusivamente no mérito.
Desde 2017, a Accenture mantinha metas como a contratação de 50% de mulheres até 2025 e a presença de pelo menos 30% de mulheres entre os diretores. Essas medidas agora serão eliminadas, e os dados de monitoramento de diversidade não serão mais divulgados em relatórios externos.
A empresa também revisará parcerias externas associadas a políticas identitárias como parte da reformulação de sua estratégia de recrutamento.
A decisão da Accenture segue um movimento observado em gigantes como Meta, McDonald’s e Target, que também têm revisado suas políticas de inclusão para evitar conflitos com o governo. Enquanto isso, empresas como Costco e JPMorgan Chase optaram por reafirmar publicamente seu compromisso com essas agendas.
O governo Trump tem sido implacável em seu ataque às políticas identitárias. Em discursos recentes, o presidente argumentou que tais programas criam divisões artificiais e impedem a verdadeira igualdade de oportunidades. Segundo ele, a abordagem “woke” nas empresas é uma tentativa de impor privilégios disfarçados sob o pretexto de justiça social.
Com uma força de trabalho global de 799 mil pessoas, a Accenture não quis comentar oficialmente a decisão.
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