A segunda fase do cessar-fogo em Gaza
Benjamin Netanyahu enviará delegação israelense a Doha, no Catar, para discutir novamente os termos de libertação de reféns

Após reuniões com integrantes do governo americano em Washington, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, decidiu enviar uma delegação a Doha, no Catar, no fim da semana, para discutir os termos da segunda fase do acordo de cessar-fogo e libertação de reféns sob posse do grupo terrorista Hamas.
Segundo o gabinete de Netanyahu, o premiê e o presidente americano Donald Trump conversarão nesta terça-feira sobre o planejamento para a nova etapa do acordo firmado, visando garantir a libertação dos reféns vivos. O premiê israelense será o primeiro líder estrangeiro a visitar a Casa Branca desde a posse de Trump, em 20 de janeiro.
“Israel está se preparando para que a delegação de nível de trabalho parta para Doha no final desta semana para discutir detalhes técnicos relacionados à implementação contínua do acordo”, diz trecho do comunicado do gabinete do premiê israelense.
Na véspera, Netanyahu e assessores reuniram-se com o enviado especial dos Estados Unidos ao Oriente Médio, Steve Witkoff, o conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, e líderes cristãos evangélicos, entre os quais o novo embaixador americano em Israel, Mike Huckabee, um profundo conhecedor do país.
Segunda fase
Conforme acordado inicialmente, as negociações da segunda etapa dos termos deveriam ter comçado nesta segunda-feira, 4, que marca o 16º dia da trégua entre Israel e Hamas.
Lideranças terroristas afirmam que o Hamas está pronto para negociar a próxima fase do acordo de cessar-fogo em três partes.
Na primeira, os terroristas libertariam 33 reféns israleneses, em troca de quase 2.000 presos palestinos, dentre os quais condenados por crimes de alta periculosidade. O Hamas entende que, o segundo momento dentro da segunda fase, consistiria na libertação dos reféns vivos que restaram, em troca das Forças de Defesa de Israel (FDI) retiraram as tropas de Gaza.
Internamente, Netanyahu sofre pressão de aliados políticos de direita para abandonar o acordo e retomar a guerra com a promessa de eliminar completamente o Hamas. Desde o anúncio do cessar-fogo, o grupo terrorista busca reerguer-se na região.
Leia mais: ““Não tenho garantias de que o cessar-fogo em Gaza será mantido”, diz Trump”
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)