"A estratégia de Israel para neutralizar o Irã em 2025"
O Antagonista

“A estratégia de Israel para neutralizar o Irã em 2025”

avatar
Alexandre Borges
3 minutos de leitura 17.01.2025 06:21 comentários
Mundo

“A estratégia de Israel para neutralizar o Irã em 2025”

Yonah Jeremy Bob, especialista em segurança no Jerusalem Post, analisa os avanços militares de Israel e os riscos de uma possível ofensiva ao programa nuclear iraniano

avatar
Alexandre Borges
3 minutos de leitura 17.01.2025 06:21 comentários 1
“A estratégia de Israel para neutralizar o Irã em 2025”
Foto: Reprodução/ Forças de Defesa de Israel

O jornalista Yonah Jeremy Bob publicou artigo intitulado “Um ataque israelense ao programa nuclear do Irã em 2025 poderia transformar o Oriente Médio”, no Jerusalem Post. Especialista em segurança e questões militares, Bob analisa os cenários possíveis de uma investida de Israel contra o programa nuclear iraniano, destacando mudanças recentes no equilíbrio de poder da região.

O texto detalha que, antes de abril de 2024, uma ofensiva israelense parecia extremamente arriscada devido à defesa antiaérea avançada do Irã, composta por sistemas S-300. Após a destruição desses sistemas pela Força Aérea de Israel em abril e outubro do mesmo ano, a vulnerabilidade iraniana aumentou consideravelmente. Segundo Bob, “o que antes parecia uma missão arriscada agora é militarmente viável, com grande parte da operação já realizada.”

Além disso, ele aponta que a defesa iraniana perdeu força após ataques israelenses bem-sucedidos e a desorganização dos aliados regionais de Teerã, como o Hamas e o Hezbollah. Embora o Irã tenha retaliado com mísseis balísticos, Bob ressalta que “Israel, com a ajuda dos Estados Unidos, interceptou a maioria dessas ameaças usando os sistemas de defesa Arrow 2 e 3.”

Outro fator citado é a influência política. O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, apoiou abertamente um ataque preventivo israelense, prometendo inclusive fornecer bombas bunker-buster, o que reduz as preocupações diplomáticas para Israel. Bob explica que “a transição de poder entre as administrações Biden e Trump representa uma janela de oportunidade estratégica para Jerusalém.”

O artigo também discute alternativas operacionais, como uma ação especial semelhante à realizada em Masyaf, na Síria, onde 120 soldados israelenses destruíram um centro subterrâneo de mísseis iranianos. Bob sugere que tal operação poderia ser adaptada para atingir a instalação nuclear de Fordow.

Por fim, o analista alerta que o tempo é um fator crítico para o desfecho da situação: “Quanto tempo o Irã tem para recuar antes de um ataque — um mês, vários meses ou um ano — é provavelmente a única questão que resta.”

Quem é Yonah Jeremy Bob

Yonah Jeremy Bob é jornalista americano especializado em segurança nacional, defesa e inteligência. É editor de assuntos jurídicos no Jerusalem Post e reconhecido por sua cobertura de conflitos no Oriente Médio. Frequentemente colabora com análises aprofundadas sobre segurança internacional e suas implicações globais.

  • Mais lidas
  • Mais comentadas
  • Últimas notícias
1

Governo cogitou substituir Uber e iFood por Correios, que podem falir

Visualizar notícia
2

Ucrânia usa drones de longo alcance em ataque a campo de aviação russo

Visualizar notícia
3

Crusoé: O nó górdio da gravata de Barroso

Visualizar notícia
4

PT afunda os Correios de novo

Visualizar notícia
5

Moraes desbloqueia perfis de Monark

Visualizar notícia
6

Panamá rompe com China e cancela acordo da Nova Rota da Seda

Visualizar notícia
7

Avião de pequeno porte cai e atinge ônibus em São Paulo

Visualizar notícia
8

Crusoé: O Brasil não é dos brasileiros

Visualizar notícia
9

Crusoé: “Para que serve a Lei da Ficha Limpa?”, questiona Bolsonaro

Visualizar notícia
10

Uma eternidade para Hugo Motta

Visualizar notícia
1

Governo cogitou substituir Uber e iFood por Correios, que podem falir

Visualizar notícia
2

Crusoé: O nó górdio da gravata de Barroso

Visualizar notícia
3

Crusoé: "Para que serve a Lei da Ficha Limpa?", questiona Bolsonaro

Visualizar notícia
4

Crusoé: Alcolumbre nas mãos do STF, e vice-versa

Visualizar notícia
5

O lobby presidencial de Ratinho Júnior

Visualizar notícia
6

O jogo de Putin para atiçar divisões na Europa

Visualizar notícia
7

Crusoé: O Brasil não é dos brasileiros

Visualizar notícia
8

Uma eternidade para Hugo Motta

Visualizar notícia
9

Ocitocina o segredo por trás da felicidade e do amor

Visualizar notícia
10

'Governo prometeu picanha, mas não baixa o preço do café', diz senadora

Visualizar notícia
1

Moraes libera redes sociais do primo de Carluxo

Visualizar notícia
2

Ranking revela as cidades mais caras do Brasil

Visualizar notícia
3

Crusoé: STF fashion gastou R$ 38,4 mil com gravatas personalizadas

Visualizar notícia
4

‘Governo prometeu picanha, mas não baixa o preço do café’, diz senadora

Visualizar notícia
5

Voo com mais de 100 deportados dos EUA chega a Fortaleza

Visualizar notícia
6

“Traga minha família de volta”, diz ex-refém a Netanyahu

Visualizar notícia
7

Papo Antagonista: O jogo de pressões em Brasília

Visualizar notícia
8

Motta: Não posso dizer que não vou pautar anista

Visualizar notícia
9

Crusoé: Na contramão dos EUA, governo Lula compra livros com critérios DEI

Visualizar notícia
10

China reforça atividade militar e espionagem em Cuba

Visualizar notícia

Assine nossa newsletter Inscreva-se e receba o conteúdo do O Antagonista em primeira mão!
< Notícia Anterior

Honda e Yamaha: Confira os modelos que saem de linha em 2025

17.01.2025 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

Feriados nacionais 2025 no Brasil: Quais datas cairão em dias úteis?

17.01.2025 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Alexandre Borges

Analista Político em O Antagonista

Suas redes

Instagram

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (1)

Carlos Renato Cardoso Da Costa

17.01.2025 06:24

Israel não admitirá nunca que o Irã tenha armas nucleares, mas também deseja a queda do atual regime. A crise económica iraniana irá incitar nova onda de insatisfação popular. Nesse contexto, um ataque militar israelense contribui para enfraquecer o regime ou, pelo contrário, une o povo em face de um inimigo externo?


Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

Asteroide YR4 dobra as chances de atingir a Terra em 2032

Asteroide YR4 dobra as chances de atingir a Terra em 2032

Visualizar notícia
&quot;Traga minha família de volta&quot;, diz ex-refém a Netanyahu

"Traga minha família de volta", diz ex-refém a Netanyahu

Visualizar notícia
China reforça atividade militar e espionagem em Cuba

China reforça atividade militar e espionagem em Cuba

Visualizar notícia
Crusoé: O amor hétero de Musk por Trump

Crusoé: O amor hétero de Musk por Trump

Visualizar notícia
Icone casa

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.