A “afronta à democracia” no Reino Unido
Em editorial, o Financial Times classifica a suspensão do Parlamento até 14 de outubro, anunciada ontem por Boris Johnson, como uma "afronta à democracia" no Reino Unido...
Em editorial, o Financial Times classifica a suspensão do Parlamento até 14 de outubro, anunciada ontem por Boris Johnson, como uma “afronta à democracia” no Reino Unido.
Segundo o jornal, trata-se de uma “intolerável tentativa de silenciar o Parlamento até que não se possa mais deter uma desastrosa saída do Reino Unido da União Europeia em 31 de outubro”.
“A sede da democracia britânica, há muito tempo admirada em todo o mundo, está sendo impedida de participar da decisão mais importante que o país enfrenta em mais de quatro décadas”, diz o FT.
O editorial prossegue, defendendo que o Parlamento aprove uma moção de desconfiança e derrube o governo de Johnson, para que novas eleições sejam realizadas.
“É hora de os parlamentares derrubarem seu governo com um voto de desconfiança, pavimentando caminho para uma eleição na qual as pessoas possam expressar a sua vontade.”
Ainda segundo o jornal, Johnson “pode não ser um tirano, mas abriu um precedente perigoso”. “Ele e a cabala ao seu redor que escolheu esse caminho revolucionário devem ter cuidado com o que desejam”, afirma o FT.
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