Barista Shem Leupin explica tudo o que você precisa saber sobre café
Ele destaca que uma das principais diferenças está no método de preparo, especificamente na proporção entre café e água utilizada para fazer o expresso

Um recente diálogo entre o barista Shem Leupin (foto) e o professor de física da ETH Thomas Michaels trouxe à tona diversas questões sobre a cultura do café, especialmente a italiana, que continua a influenciar apreciadores ao redor do mundo.
Um ponto discutido foi a percepção de que o expresso consumido na Itália tem um sabor superior ao de cafeterias em outros países.
O professor Michaels acredita que essa diferença se deve a uma rica cultura cafeeira enraizada na sociedade italiana, onde a preparação do café é tratada com grande seriedade e dedicação.
Leupin, no entanto, contesta essa ideia, apontando que tanto na Itália quanto fora dela existem cafés de qualidade variada.
Método de preparo
Ele destaca que uma das principais diferenças está no método de preparo, especificamente na proporção entre café e água utilizada para fazer o expresso.
O debate se expandiu para incluir a importância da qualidade da água utilizada na preparação do café. Leupin enfatiza que muitos subestimam este aspecto e sugere que o uso de água filtrada pode melhorar significativamente o sabor da bebida.
No contexto da popularidade do expresso, Michaels também abordou mitos comuns, como a crença de que interromper a extração do expresso resulta em um café mais forte. Ele esclarece que esse método prejudica o equilíbrio dos sabores presentes na bebida.
Café com torra escura possui mais cafeína?
O professor discorreu sobre o equívoco de que cafés com torra escura possuem mais cafeína. Tanto o expresso quanto o café filtrado têm quantidades semelhantes de cafeína; no entanto, o expresso é mais concentrado.
A conversa também tocou na limpeza das máquinas de café, onde Leupin alertou para um mito italiano que sugere que menos limpeza resulta em melhor sabor. Para ele, manter as máquinas limpas é crucial para garantir um expresso de qualidade.
Os especialistas concordaram que muitos estabelecimentos ainda tratam o café como um item secundário e frequentemente buscam soluções simples para problemas complexos relacionados à preparação da bebida.
Sinais de alerta em cafeterias
Quando questionados sobre sinais de alerta em cafeterias, Leupin destacou a importância de observar se os grãos são moídos na hora e se as máquinas estão limpas.
A presença excessiva de xaropes e complementos também pode indicar que o café não é prioridade no local.
A discussão avançou para as diferenças entre cafés tradicionais e aqueles preparados com máquinas automáticas.
Embora existam modelos automáticos capazes de produzir um bom expresso, a experiência e o conhecimento de um barista ainda são fundamentais para extrair o máximo potencial dos grãos.
As origens do café
Sobre as origens do café, Leupin compartilhou suas experiências em regiões produtoras como a Etiópia, onde encontrou uma realidade diferente da apreciada nos cafés ocidentais.
Ele mencionou que muitos dos melhores grãos são exportados, resultando em cafés locais geralmente de qualidade inferior.
Café em casa
Por fim, ambos os especialistas comentaram sobre as inovações no preparo do café em casa durante a pandemia e os desafios enfrentados por entusiastas amadores.
Leupin ressaltou a importância da precisão nas medidas e da escolha adequada dos grãos moídos frescos para obter resultados satisfatórios.
A conversa entre Shem Leupin e Thomas Michaels não apenas desmistificou várias crenças populares sobre o café, mas também ressaltou a complexidade envolvida na preparação desta bebida tão apreciada mundialmente.
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