Google lança IA revolucionária que ensina a si mesma e cria novos algoritmos

21.06.2025

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O Antagonista

Google lança IA revolucionária que ensina a si mesma e cria novos algoritmos

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Alexandre Borges
3 minutos de leitura 19.05.2025 06:35 comentários
Tecnologia

Google lança IA revolucionária que ensina a si mesma e cria novos algoritmos

AlphaEvolve já melhora data centers, projeta chips e supera matemáticos em problemas abertos

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Alexandre Borges
3 minutos de leitura 19.05.2025 06:35 comentários 1
Google lança IA revolucionária que ensina a si mesma e cria novos algoritmos
Alpha evolve

O Google apresentou nesta semana um novo sistema de inteligência artificial que representa um salto inédito: o AlphaEvolve é capaz de aprender e se aperfeiçoar sozinho.

Criado pela DeepMind, o sistema já está em uso para economizar energia, acelerar o desenvolvimento de chips e resolver problemas de matemática que desafiam cientistas há décadas.

O AlphaEvolve funciona como um programador autônomo.

Ele combina dois modelos de linguagem da família Gemini, que testam ideias e refinam as melhores soluções com base em resultados práticos.

Em vez de depender de humanos para criar códigos, o sistema gera, avalia e melhora os próprios algoritmos, evoluindo com cada ciclo.

Essa inteligência já trouxe benefícios concretos. Um dos exemplos mais impactantes está nos data centers do Google.

O AlphaEvolve criou uma fórmula simples que reorganiza o uso de máquinas e já conseguiu recuperar 0,7% de toda a capacidade computacional global da empresa. Em escala, é o equivalente a milhares de servidores otimizados.

No desenvolvimento de chips, o sistema reescreveu parte do código de um circuito de alta performance, que será integrado às futuras unidades de processamento do Google.

Ele também contribuiu para acelerar o treinamento de seus próprios modelos de linguagem, reduzindo em 1% o tempo de processamento e aumentando em até 32,5% a velocidade de tarefas críticas.

Em um feito matemático que chamou atenção da comunidade científica, o AlphaEvolve quebrou um recorde de 1969 ao propor uma nova forma de multiplicar matrizes com menos operações do que o algoritmo consagrado de Strassen.

O Google testou o sistema em mais de 50 problemas matemáticos complexos. Em 75% dos casos, ele redescobriu as melhores soluções já conhecidas; em 20%, superou os resultados anteriores.

O plano agora é abrir o AlphaEvolve para pesquisadores do mundo todo por meio de um programa de acesso antecipado.

A DeepMind também publicou os detalhes técnicos em um artigo e lançou uma versão interativa no Google Colab.

O anúncio gerou reações positivas entre especialistas, mas também levantou alertas.

O principal deles: o sistema é capaz de criar conhecimento novo sem intervenção humana, o que levanta dúvidas sobre controle e responsabilidade.

A expectativa é que, no futuro, o AlphaEvolve ganhe ainda mais poder ao ser combinado com a computação quântica.

Enquanto os computadores quânticos prometem resolver problemas impossíveis para máquinas convencionais, o AlphaEvolve poderá ser usado para criar os algoritmos que guiarão essas máquinas.

Isso abre possibilidades inéditas na saúde, como simular moléculas para criar medicamentos personalizados.

Também pode transformar a segurança digital, com novos padrões criptográficos para um mundo onde a tecnologia atual estará obsoleta. Empresas e governos já testam o uso conjunto dessas tecnologias para proteger dados e evitar fraudes.

Especialistas alertam que países que não dominarem essa combinação de IA e computação quântica correm o risco de se tornar dependentes tecnológicos de grandes potências.

O Brasil participa de iniciativas na área, mas ainda precisa de investimento pesado em educação e infraestrutura para acompanhar essa corrida.

O AlphaEvolve marca uma mudança profunda.

Ele representa o início de uma era em que máquinas podem criar soluções por conta própria. E com o apoio da computação quântica, isso pode reconfigurar tudo: da medicina à geopolítica, da segurança à economia.

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Alexandre Borges

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Comentários (1)

Alexandre Ataliba Do Couto Resende

19.05.2025 09:40

Essa conversa besta de que países que não dominarem essa tecnologia ficarão dependentes é uma reedição da tese sobre computadores dos anos 80 do século passado. Isso, assim como os computadores, são ferramentas que precisam de inteligência para serem aplicados. Vão repetir o erro de querer reinventar a roda e criar a "reserva de mercado" para IA ou a Cobra IA e o ufanismo correspondente? Enquanto isso mais de 1/3 dos brasileiros são analfabetos funcionais.


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