Crusoé: WhatsApp passará a veicular anúncios. Como fica privacidade do usuário?
A gigante da tecnologia corre o risco de alienar seus usuários e ter problemas com as autoridades de proteção de dados

A Meta, empresa controladora do WhatsApp, anunciou que começará a veicular anúncios personalizados na plataforma de mensagens, um movimento que pode potencialmente gerar bilhões em receitas anuais.
No entanto, essa decisão também levanta preocupações sobre a privacidade dos usuários e o risco de afastá-los do serviço.
Tradicionalmente livre de publicidade, o WhatsApp tem se mantido como um refúgio em meio ao mar de anúncios encontrados no Facebook e Instagram. Contudo, a companhia, que adquiriu o aplicativo por 19 bilhões de dólares em 2014, confirmou mudanças significativas durante um comunicado recente.
Como serão os anúncios?
A partir de agora, anúncios serão integrados na seção “Atualizações”, onde os usuários visualizam status que desaparecem após 24 horas.
Além disso, a Meta introduzirá canais exclusivos, os quais exigirão pagamento para acesso ao conteúdo. Influenciadores e empresas poderão comprar espaço publicitário para promover esses canais.
Essa iniciativa marca um passo na estratégia contínua da Meta para integrar o WhatsApp com suas outras plataformas, transformando o aplicativo de um serviço quase independente em uma fonte de receita significativa.
Vantagens financeiras e riscos
Do ponto de vista financeiro, a medida pode ser vantajosa. Especialistas em gestão e inovação acreditam que a monetização através de anúncios no WhatsApp pode render entre 10 e 15 bilhões de dólares anualmente até 2028, similar ao que o Instagram conseguiu após implementar formatos publicitários como Stories e Reels.
No entanto, esse potencial é acompanhado por riscos. A percepção dos usuários sobre as novas práticas pode ser negativa.
O aplicativo é amplamente utilizado como ferramenta de comunicação funcional, o que limita as oportunidades para integração de anúncios sem incomodar os usuários.
Após o anúncio, as ações da Meta subiram 2,5%, indicando uma recepção positiva por parte dos investidores. No entanto, os 2 bilhões de usuários globais podem reagir de forma diferente.
Privacidade do usuário
A Meta assegura que os anúncios aparecerão apenas na seção “Atualizações” e não interferirão nas mensagens pessoais, que continuarão sendo protegidas por criptografia de ponta a ponta.
Entretanto, dados como localização e preferências linguísticas serão utilizados para personalizar a experiência publicitária.
Adicionalmente, usuários que consentirem com a unificação dos dados…
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