Como investir em imóveis e bater a rentabilidade da renda fixa

14.07.2025

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Como investir em imóveis e bater a rentabilidade da renda fixa

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4 minutos de leitura 17.06.2025 19:31 comentários
Imóveis | Condomínios

Como investir em imóveis e bater a rentabilidade da renda fixa

O jogo da renda imobiliária não morreu. Apenas exige hoje um investidor mais técnico, mais pragmático e menos emocional

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Como investir em imóveis e bater a rentabilidade da renda fixa
Ilustração feita com IA

Em meio a um cenário econômico de juros elevados e renda variável instável, um segmento discreto do mercado imobiliário paulistano oferece ao investidor retornos que superam boa parte das aplicações tradicionais: os apartamentos de classe B (médio padrão), comprados com foco em locação.

Ao contrário dos imóveis de alto luxo (exposição pura à valorização) ou dos imóveis populares (foco em liquidez acelerada), o médio padrão combina as duas pontas: renda mensal de aluguel com potencial moderado e estável de valorização patrimonial. Mas, para capturar esses 7% a 11% de retorno anual, é preciso agir como os profissionais.

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O que analisar

1. Localização ainda é o ativo mais valioso

O mantra clássico do mercado imobiliário permanece inabalável — mas com filtros atualizados:

  • Mobilidade: proximidade de metrô, corredores de ônibus e facilidade para aplicativos de transporte;
  • Infraestrutura local: comércio próximo, serviços essenciais, escolas e hospitais;
  • Projetos de revitalização urbana: bairros centrais em transformação, novas estações de metrô e polos corporativos surgindo;
  • Demanda orgânica de aluguel: o perfil ideal são bairros já consolidados, com público formado por jovens profissionais, famílias compactas e estudantes.

Nota prática: bairros que, há poucos anos, eram desprezados por investidores institucionais hoje despontam como minas de ouro para locação. Pense em trechos da Zona Oeste, alguns setores do Centro e zonas de expansão nas linhas do metrô.

2. O produto certo atrai o inquilino certo

O investidor que compra certo evita grandes reformas, apartamentos ultrapassados e plantas obsoletas. O jogo está na combinação:

  • Planta inteligente: 2 dormitórios ainda são o padrão-ouro do aluguel;
  • Studios compactos: altíssima demanda em regiões centrais, inclusive para Airbnb;
  • Áreas comuns funcionais: coworkings internos, lavanderias coletivas e portaria 24h são diferenciais em São Paulo;
  • Sustentabilidade e tecnologia: prédios com painéis solares, medidores individualizados e automação já atraem um perfil premium de inquilino — e com menor inadimplência.

Leia também: Porteiro impede invasão de condomínio de SP ao seguir protocolo

3. A matemática fria da rentabilidade

Aqui está o que diferencia o amador do investidor:

  • Preço de compra bem negociado (incluindo ITBI, cartório e reformas);
  • Cap Rate esperado em 2025: 5% a 7,5% nos studios; 4,5% a 5,5% nos dois dormitórios;
  • Valorização projetada: 2% a 4% real ao ano;
  • ROI final (renda + valorização): alvo de 7% a 11% ao ano antes do IR.

Importante: a conta deve sempre incluir custos de vacância, taxas de administração, seguros, manutenção preventiva e condomínio.

4. As novas tendências de moradia jogam a favor do investidor atento

O comportamento do inquilino mudou, e o investidor esperto aproveita:

  • Demanda por home office híbrido: apartamentos com espaço para escritório ou coworkings no prédio;
  • Coliving e flex living: studios com áreas compartilhadas crescem entre solteiros e expatriados;
  • Aluguel de temporada (Airbnb): imóveis bem localizados oferecem rentabilidade superior, apesar da maior gestão.

5. O momento macroeconômico favorece o comprador estratégico

  • Selic com tendência de queda moderada em 2025;
  • Inflação controlada mas ainda resiliente;
  • Financiamento competitivo volta a atrair compradores para locação.

Em outras palavras: a porta de entrada está aberta, mas não para qualquer um. É o momento do investidor que compra com análise, números, conservadorismo e visão de longo prazo.

O jogo da renda imobiliária não morreu. Apenas exige hoje um investidor mais técnico, mais pragmático e menos emocional. Quem fizer a lição de casa agora pode colher 7% a 11% de retorno real anual — um rendimento consistente e protegido contra boa parte das oscilações macroeconômicas do Brasil.

Por Rafael Bernardes (CEO do Síndicolab) e Felipe Faustino (Faustino & Teles Advogados)

Leia mais: Os cinco apartamentos mais caros de São Paulo

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