Espanha diz que haverá consequências para atos racistas no clássico de Madri
Confronto entre Atlético de Madrid e Real Madrid do último domingo, 30, foi marcado por comportamentos hostis e episódios de racismo da torcida.
O confronto entre Atlético de Madrid e Real Madrid do último domingo, 30 de setembro, foi marcado por comportamentos hostis e episódios de racismo, colocando em evidência um problema persistente no futebol espanhol, as manifestações e atos racistas durante os jogos da LaLiga.
Em um evento promovido pelo jornal “Marca”, autoridades esportivas discutiram medidas para erradicar essas atitudes.
Durante o evento, José Manuel Uribes, presidente do Conselho Superior de Esporte, foi enfático ao afirmar a necessidade de um combate incisivo ao racismo.
Ele destacou que o esporte, apesar de ser uma plataforma de paixão e competição, não pode tolerar violência, incluindo comportamentos racistas.
Medidas adotadas pela Comissão Estatal contra Violência, Racismo e Xenofobia
A Comissão Estatal contra Violência, Racismo e Xenofobia é o órgão responsável por determinar punições a clubes, jogadores e torcedores envolvidos em episódios de violência e discriminação.
Após o clássico entre Atlético e Real Madrid, a comissão iniciou a análise das imagens e evidências dos incidentes ocorridos no Metropolitano.
Posicionamento do Atlético de Madrid
O Atlético de Madrid não ficou inerte diante dos acontecimentos. O clube expulsou um sócio identificado como um dos responsáveis por atos hostis e racistas.
Além disso, anunciou a proibição de máscaras e outras peças que dificultem a identificação de torcedores nos jogos do clube.
Iniciativas tomadas pelos clubes e organizações
Em resposta aos episódios, La Liga divulgou uma nota condenando os cânticos de violência verbal proferidos durante o clássico.
Essas ações não apenas reforçam as medidas punitivas, mas também buscam conscientizar os torcedores sobre a importância do respeito e da integração no esporte.
Envolvimento da torcida do Atlético com máscaras
Na semana anterior ao jogo, parte da torcida do Atlético usou redes sociais para organizar uma mobilização onde seriam usadas máscaras, permitindo assim insultos, inclusive com práticas racistas, sem que fossem identificados.
Isso gerou uma resposta imediata do clube, que agora reforça o controle e a vigilância em seus jogos.
Como seguir em frente com a luta contra o racismo
Combater o racismo no futebol requer um esforço coordenado entre clubes, organizações, torcedores e autoridades.
É fundamental que as punições sejam aplicadas de forma rígida e exemplar, mas também é necessário investir em educação e campanhas de conscientização para mudar a cultura dentro dos estádios.
Os episódios recentes mostram que ainda há um longo caminho a percorrer, mas cada passo, cada ação tomada, contribui para um ambiente mais justo e acolhedor no esporte.
Ao final, entende-se que a rivalidade é parte do futebol, mas sempre dentro dos parâmetros do respeito mútuo.
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Comentários (1)
Marcelo Augusto Monteiro Ferraz
01.10.2024 14:05Na verdade, as direções dos clubes e as autoridades públicas estão longe de estar adorando medidas eficazes contra o racismo no futebol, indicado, até agora, que estão dando pouca importância ao problema. De nada adianta se restringirem a punições individuais, que repercutem pouco e são ineficazes. As punições devem ser abrangentes, tendo como alvo clubes e torcidas, incluindo as pecuniárias de grande valor. Muita gente só se aquieta quando se mexe no seu bolso.