Conquistado no sábado, 30 de novembro, o primeiro título de Copa Libertadores da América do Botafogo está sendo usado como exemplo pelo governo de Javier Milei, na Argentina.

O subsecretário de Imprensa da Casa Rosada, Javier Lanari, publicou uma série de comentários em seu perfil no X para defender o modelo de sociedades anônimas de futebol, adotado no Brasil há dois anos.

“Das últimas 7 Libertadores, 6 foram vencidas por equipes brasileiras. A grande maioria dessas finais foi disputada entre eles. A casta do futebol mantém o status quo para preservar os seus privilégios. A diferença será ainda maior…”, reclamou Lanari.

Disputa com a AFA

A possibilidade de os clubes argentinos virarem sociedades anônimas está prevista em decreto assinado por Milei no início deste ano, mas a Associação de Futebol Argentina (AFA) resiste e questiona a mudança na Justiça.

“A gente se acostuma com o fato de apenas um hino (o brasileiro) ser cantado nas finais da Libertadores. Mas não importa: na Argentina ‘o clube é dos sócios’…”, criticou Lanari em outra mensagem.

A final entre Botafogo e Atlético-MG foi disputada no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. Além do Botafogo, cuja SAF foi adquirida pelo americano John Textor (foto) em 2022, o clube mineiro também funciona como sociedade anônima.

“Péssimo dia para ser anti-SAF”

“Nada mais deprimente do que assistir à final da Copa Libertadores entre duas seleções brasileiras pela TV. E, também, na Argentina. Eu completo o combo. Péssimo dia para ser anti-SAD [a sigla em espanhol para SAF]…”, seguiu Lanari em suas reclamações.

Segundo ele, “o caso do Botafogo é incrível”.

“Há três anos estava falido. Jogava na segunda divisão. Um empresário americano comprou 90% e investiu US$ 70 milhões. Hoje são campeões da Copa Libertadores (na Argentina)…”, comentou.

E seguiu reclamando:…

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