Gustavo Batista de Oliveira, mais conhecido como “Bala Loka“, tornou-se o primeiro brasileiro a representar o país no ciclismo BMX Free Style nos Jogos Olímpicos. Natural de Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo, o jovem de 21 anos fez sua estreia nos Jogos de Paris com uma performance impressionante.

Na fase classificatória, realizada na Arena La Concorde 2 em Paris, “Bala Loka” conseguiu a oitava melhor pontuação entre 12 competidores, somando 85.79 pontos. A pontuação garantiu sua vaga na final, onde apenas os nove melhores competidores avançaram. A decisão por medalhas está programada para esta quarta-feira, 31, às 9h44 (horário de Brasília), e Gustavo será o segundo a se apresentar na final.

“Treinei muito para estar na final dos Jogos Olímpicos. Já participei de finais importantes em Mundiais e Copas do Mundo, mas os Jogos Olímpicos são especiais. A temperatura está alta, em torno de 35 a 40 graus, e andar de preto com todos os equipamentos de proteção é um desafio. Mas para chegar à final, fazemos de tudo”, revelou Gustavo ao Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Desempenho na fase classificatórias das Olimpíadas

Na fase inicial, Gustavo obteve 5.51 pontos na primeira volta e 86.07 na segunda, totalizando 85.79 pontos. O líder da fase classificatória foi o britânico Kieran Reilly, que marcou 91.21 pontos, sendo o único a ultrapassar a marca de 90 pontos em cada volta. As avaliações dos juízes levaram em conta a dificuldade das manobras, a altura dos saltos, a criatividade e o estilo das apresentações.

A bicicleta de Bala Loka também chamou atenção, com um design personalizado que exibia a fauna brasileira, incluindo imagens de papagaios, tucanos e onças. “É um momento especial para mim, então tudo tem que ser especial. Meu capacete também foi modificado com o escudo brasileiro e meu nome”, detalhou Gustavo.

Carreira de “Bala Loca”

Gustavo “Bala Loka” Oliveira vem se destacando no cenário do BMX Free Style desde jovem. Aos 15 anos, ele conquistou uma etapa da Copa do Mundo na China em 2017.

Em 2022, ganhou a medalha de bronze nos Jogos Sul-Americanos e, no ano passado, trouxe um bronze inédito para o Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile.

O BMX freestyle surgiu na Califórnia, EUA, durante os anos 1970, inspirado pelas acrobacias dos pilotos de BMX Racing locais. Ao longo das décadas seguintes, o esporte ganhou popularidade e foi incorporado a competições de esportes radicais, como os X-Games nos anos 2000 e o Festival Internacional de Esportes Radicais (FISE).

A União Ciclística Internacional (UCI), órgão regulador do ciclismo, organizou a primeira Copa do Mundo de BMX Freestyle em 2016, como parte do FISE daquele ano. Em 2018, o esporte foi incluído no programa dos Jogos Olímpicos da Juventude e, em Tóquio 2020, realizado em 2021, tornou-se parte dos Jogos Olímpicos, o maior evento multiesportivo do mundo.