O Atlético-MG sofreu uma punição significativa pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após os tumultos na final da Copa do Brasil contra o Flamengo.

O clube alvinegro foi penalizado com uma multa de R$ 198 mil e a perda de seis mandos de campo com a interdição da Arena MRV.

Estes acontecimentos chamaram a atenção para as medidas de segurança em eventos esportivos no Brasil.

A multa e a perda dos mandos de campo derivam, principalmente, de atos de violência envolvendo torcedores, incluindo o arremesso de bombas no gramado, uma delas atingindo gravemente um fotógrafo.

O clube mineiro, que se defende alegando sua colaboração com a investigação dos incidentes, já se prepara para recorrer da decisão, na esperança de amenizar a pena.

Resposta do Atlético-MG

Os representantes do Atlético-MG argumentam que tem havido esforços consideráveis para auxiliar as autoridades na identificação dos responsáveis pelos tumultos.

Gabriel Caputo Bastos, advogado do clube, destacou o uso da infraestrutura de segurança avançada da Arena MRV para identificar e colaborar na prisão de torcedores envolvidos nos distúrbios.

Bastos destacou que o clube apresentou relatórios completos às autoridades e que alguns torcedores, especificamente os que invadiram o campo e arremessaram objetos, foram identificados e detidos.

A defesa do clube se apoia no artigo 213, que isenta responsabilidade quando há colaboração eficaz na punição dos infratores.

Expectativas do Galo para revisão do caso

O Atlético-MG mantém a confiança de que as penalidades impostas podem ser revistas. Segundo o advogado do clube, há precedentes em julgamentos do STJD em que infrações comparáveis resultaram em punições mais brandas.

Essa perspectiva alimenta a esperança de uma redução na penalidade imposta.

O clube argumenta que os esforços diligentes na identificação e entrega dos culpados devem ser considerados no recurso. Eles esperam, pelo menos, uma diminuição na quantidade de partidas com portões fechados e na multa financeira.

Impacto das Penalidades no Futuro do Atlético-MG

As penalidades afetam diretamente as competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nas quais o Atlético-MG está envolvido.

A perda de mando de campo, por exemplo, significa que algumas partidas terão que ser realizadas sem público ou com presença restrita, prejudicando a receita do clube e a experiência dos torcedores.

Além disso, a decisão de liberar a Arena MRV permite que o clube utilize o estádio em algumas condições restritivas, aumentando a capacidade dos jogos a serem realizados sob condições controladas.

Três partidas, por exemplo, terão portões fechados, enquanto outras três permitirão apenas grupos específicos, como mulheres, crianças, idosos e pessoas com deficiência.

Situação da Arena MRV

A Arena MRV foi liberada para uso pelo STJD após uma revisão da decisão anterior de interdição. Apesar disso, medidas de segurança e controle ainda serão mantidas rigorosamente.

O Atlético-MG poderá jogar na Arena MRV na rodada final do Brasileirão, mas com restrições aos torcedores que variam conforme a sequência das penalidades ainda em vigor.

Esta liberação é um alívio para o clube, que pode contar com sua nova casa para partidas importantes, mesmo enquanto continuasse recorrendo da pena e aguardando novas decisões sobre a presença integral da torcida.

A expectativa é que o recurso logre uma redução significativa das penalidades.