Uso de medicamentos psiquiátricos no Brasil em 2024 aumentam na faixa etária jovem
Uma pesquisa da Far.me revela padrões de uso de medicamentos psiquiátricos no Brasil em 2024
Uma pesquisa recente da Far.me destacou um aspecto crucial da saúde mental no Brasil: o uso de medicamentos psiquiátricos varia significativamente entre diferentes faixas etárias. A quetiapina, em particular, se destacou como o medicamento psiquiátrico mais utilizado. Este dado aponta para a necessidade de considerar as especificidades de tratamentos em diferentes idades.
O estudo, que analisou dados de oito mil tratamentos realizados entre janeiro e setembro de 2024, revelou que a maior parte dos usuários de medicamentos psiquiátricos concentra-se na faixa etária dos 18 aos 39 anos. Curiosamente, observa-se um declínio no uso em faixas etárias mais avançadas, sugerindo que, enquanto a saúde mental é uma preocupação comum, outras condições de saúde passam a receber maior atenção com o avanço da idade.
Quais são os medicamentos mais utilizados em diferentes faixas etárias?
Dentre os jovens adultos, a quetiapina lidera a lista, seguida de perto por venlafaxina e escitalopram. Esses medicamentos são empregados principalmente no tratamento de condições como depressão e ansiedade. Na faixa etária dos 40 aos 69 anos, no entanto, a utilização de medicamentos psiquiátricos como sertralina e escitalopram continua relevante, ainda que o foco comece a deslocar-se para medicamentos que tratam condições como colesterol e hipertensão.
Entre os idosos, especialmente aqueles com 70 anos ou mais, a quetiapina permanece como o mais utilizado, mas a memantina e o donepezila também ganham destaque. Esses dois últimos são particularmente importantes no manejo dos sintomas associados à doença de Alzheimer, demonstrando como o perfil dos medicamentos psiquiátricos utilizados se altera com o aumento da idade.
Por que o uso de medicamentos psiquiátricos diminui com a idade?
A redução no uso de medicamentos psiquiátricos em idades avançadas não implica necessariamente em uma menor importância da saúde mental. Ao contrário, o declínio reflete o surgimento e a prioridade de outras preocupações de saúde, como condições crônicas que requerem atenção médica contínua.
Especialistas destacam que essa mudança não diminui a relevância dos cuidados com a saúde mental, mas sim realça a complexidade do tratamento, especialmente quando se considera a coexistência de múltiplas condições de saúde.
Como adaptar o tratamento psiquiátrico a cada faixa etária?
Reconhecer a diversidade das necessidades de saúde mental ao longo da vida é vital. Uma abordagem eficaz deve integrar cuidados multidisciplinares, envolvendo psicólogos, psiquiatras e outros profissionais de saúde, assegurando que as particularidades de cada etapa sejam abordadas de forma apropriada. Isso é essencial para garantir que os tratamentos sejam adequadamente modulados para atender às demandas específicas de cada indivíduo.
Os resultados da pesquisa da Far.me sublinham a importância de uma compreensão abrangente das necessidades de saúde mental, destacando a urgência de garantir que todos tenham acesso a tratamentos que considerem tanto a idade quanto as condições de saúde coexistentes. Assim, tanto a saúde mental quanto a geral podem ser melhor gerenciadas em todas as fases da vida.
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