O calor excessivo tem sido uma crescente preocupação de saúde pública em diversos países, especialmente com a intensificação das mudanças climáticas. As temperaturas extremas não apenas causam desconforto, mas também desencadeiam uma série de reações corporais que podem representar riscos significativos à saúde.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 2000 e 2021, mortes de idosos relacionadas ao calor aumentaram em 85%. Crianças, gestantes e pessoas com doenças crônicas também são grupos vulneráveis às altas temperaturas, exigindo atenção especial durante períodos de calor intenso.

Quais são os riscos do estresse térmico?

Estresse térmico é uma condição crítica que o corpo experimenta quando exposto a temperaturas extremas, sejam elas altas ou baixas. No calor, o organismo enfrenta uma perda de água e sais minerais que pode levar a complicações sérias.

Entre as reações mais comuns estão cansaço excessivo, tontura e desidratação. Se a temperatura corporal atinge valores perigosos, como 40°C, riscos como coma ou alterações em proteínas e enzimas podem ocorrer. Essa condição é conhecida como golpe de calor e pode ser fatal se não tratada rapidamente. Outro problema comum é a insolação, que resulta do excesso de exposição ao sol.

Por que o calor extremo é perigoso para o coração?

O aumento das temperaturas pode elevar os riscos de eventos cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC) e infarto. Isso ocorre porque o calor extremo força o coração a trabalhar mais para dissipar o calor, agravando condições preexistentes ou criando novas ameaças para a saúde cardíaca.

Sintomas como batimentos cardíacos acelerados, náuseas e dores de cabeça são indicativos de que o corpo está sobrecarregado pelo calor.

O que pode ser feito para mitigar os efeitos do calor excessivo?

• Hidratação adequada: Beber água regularmente é crucial, especialmente para grupos vulneráveis como crianças e idosos.
• Evitar atividades extenuantes: Exercícios físicos intensos devem ser evitados durante os períodos de calor extremo.
• Vestuário apropriado: Usar roupas leves pode ajudar na dissipação de calor.
• Atenção à saúde: Indivíduos com condições como doenças cardiovasculares devem ser observados de perto devido à maior suscetibilidade aos efeitos do calor.

Como as mudanças climáticas afetam a sensação térmica?

Com a atual crise climática, eventos de calor extremo se tornam mais frequentes e intensos. A sensação térmica, que considera a temperatura juntamente com a umidade, radiação solar e velocidade do vento, pode dificultar a capacidade do corpo em regular seu calor interno.

Em dias extremamente úmidos, o corpo perde a eficiência em transpirar, aumentando o risco de hipertermia. A conscientização e preparação para enfrentar esses dias quentes são essenciais para reduzir o impacto na saúde.