Minecraft x Branca de Neve: “As pessoas só querem se divertir”
A influenciadora americana Brett Cooper analisa o colapso cultural da Disney e o sucesso do filme Minecraft, que virou um fenômeno nas bilheteiras

A influenciadora americana Brett Cooper publicou nesta segunda, 14, um vídeo em seu canal no YouTube que já circula como uma das análises mais diretas sobre o atual momento de Hollywood.
Ela contrasta o fracasso do novo Branca de Neve, da Disney, com a consagração de Minecraft, adaptação do jogo eletrônico que, segundo ela, “virou o maior fenômeno de 2025”.
“Ninguém queria ver uma Branca de Neve brava com cara de Lord Farquaad, mas todo mundo queria ver Jack Black gritando sobre ‘frango jockey’ no Minecraft”. Para Brett, o contraste escancara o que o público realmente quer: “cinema divertido, familiar e sem militância”.
O filme de Minecraft, estrelado por Jack Black e Jason Momoa, quebrou recordes históricos de bilheteria: “A maior estreia do ano, maior sábado e maior domingo da história da Warner, superando até Barbie”.
A produção arrecadou 313 milhões de dólares no primeiro fim de semana. “Foi a maior abertura de todos os tempos para um filme infantil em abril, e o maior lançamento da Warner até hoje.”
Enquanto isso, Branca de Neve fez apenas 87 milhões no mesmo período — e com um orçamento 100 milhões maior. “A Warner está rolando no dinheiro, e a Disney está encarando o abismo dos próprios erros.”
O sucesso de Minecraft, segundo Brett, é simples de entender: “Não é remake. É baseado em uma franquia amada, mas traz algo novo. É engraçado, original e sabe exatamente para quem está falando.”
Ela cita uma postagem na rede X que resume o espírito do momento: “A lição do filme não é fazer mais filmes como Minecraft, mas fazer filmes para o público.”
Mais do que sucesso financeiro, virou fenômeno cultural: “Adolescentes estão levando galinhas vivas para o cinema. Jogam pipoca. Gritam. Participam. Virou o novo Rocky Horror Picture Show, mas para a Geração Z”.
Brett enfatiza: “O filme é um evento de pura alegria. As pessoas querem rir, se emocionar, levar os filhos. Não querem ser catequizadas por duas horas.” Ela cita uma crítica postada na rede X: “Não tem lacração, só muita diversão. 10/10.”
A crítica vai além de Branca de Neve. Ela ironiza o esforço da imprensa para promover séries que ninguém pediu, como Mid-Century Modern, sitcom gay descrita como “mais importante do que nunca”. Para Brett, é puro desespero: “Ninguém se importa com o seu sitcom gay muito importante. É 2025. Chega.”
Ela também critica The Pit, nova série médica que virou palanque para o discurso pró-vacinas do ator Noah Wyle. “Você é ator, não médico. Seu trabalho é entreter, não doutrinar.” E completa: “Agora que li a entrevista, nem quero mais ver a série.”
Na contramão dessa onda, ela exalta o sucesso de White Lotus, da HBO, que encerrou a terceira temporada na mesma semana.
A série, segundo ela, “não dá sermão, explora temas”. E por isso consegue atrair públicos de todos os espectros. A cena em que uma personagem revela ser cristã e trumpista gerou identificação tanto entre conservadores quanto esquerdistas. “Todo mundo achou que aquela cena era para si. Isso é raro.”
O humorista Tim Dillon, que participou do vídeo, reforça: “A série é sobre classe, não sobre política. Todos os personagens podiam ter votado em qualquer um. É sobre a condição humana.”
Brett conclui que White Lotus funciona por ser genuíno, visualmente atraente, com boas atuações — e sem agenda. “Não é que o programa seja apolítico. Ele só não prega. E isso faz toda a diferença.”
Por fim, ela traz a análise mais inesperada: até Minecraft tem uma mensagem — e é positiva. “Sim, é divertido construir em um mundo virtual, mas é ainda mais importante voltar para o mundo real.”
Para ela, é essa universalidade que falta à maior parte do entretenimento atual. “Se você quer que as pessoas apareçam no cinema, pare de dar sermão. Faça arte que fale com todos.”
Quem é Brett Cooper
Brett Cooper é atriz e influenciadora digital americana. Após passagem pelo Daily Wire, onde comandou o programa The Comments Section, construiu uma audiência independente e milionária com vídeos em que comenta política e cultura pop.
Ex-estudante de filosofia e com carreira iniciada no cinema infantil, tornou-se uma das vozes mais influentes entre o público jovem nos Estados Unidos.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (2)
Manoel Coutinho
15.04.2025 18:53As pessoas queriam apenas assistir a Branca de Neve que já conhecem. Era tão fácil ...
Marcia Elizabeth Brunetti
15.04.2025 08:57Parabéns! É isso aí: mais diversão e menos doutrinação. As minorias estão dando um belo tiro no pé.